Balanço do anoEspero que o Brasil tenha fechado já o ano de 2011 no que concerne a catástrofes.
por MCV às 19:02 de 13 janeiro 2011
Notas de viagemQue não se fale da azeda troca de palavras ali ocorrida pouco antes.
Não se tratava senão de uma sala de viagem.
Por ali me deitava numa divã encostado à antepara de vante.
Quando a paisagem lá fora escureceu a uns milhares de pés de altitude, o meu espanto foi apaziguado pelo esclarecimento de um passageiro habituado – é o túnel de verificação de sinais, faz um espécie de check-up à aeronave, a meio do Atlântico.
Quando de imediato uma volta apertada e descendente terminou numa aterragem na ilha, calculei que o avião chumbara no teste.
Enganei-me.
Era uma paragem para desentorpecer as pernas e comer o farnel.
Estranhei que o caminho para o Brasil tocasse os Açores. Mas comi a sandes na mesma.
por MCV às 21:12 de 11 janeiro 2011
Break-evenTenho pensado nisto ultimamente.
Quando devo eu parar de comprar livros, por me ser já impossível lê-los?
Diz o INE que a minha esperança de vida é de 31,8 anos*, média que aliás eu fiz, e não o INE, combinando o local de residência com o de origem.
Isso dá, pela dita média, 1654 semanas.
Há dois anos e meio que me dou ao trabalho de ir tombando os livros que compro e os que vou lendo.
Verifico que, desde essa altura, leio cerca de 1,8 livros por semana.
Minoremos isso para 1,5.
Se me mantiver em estado de manter esse ritmo de leitura, ainda dá para quase 2500 livros.
Dos tombados, tenho cerca de metade disso para ler. 1222 neste preciso momento.
Dos que tenho nas estantes sem estarem registados nem lidos, creio que umas centenas.
Estou portanto na fase de só comprar muito criteriosamente.
Ainda dá tempo para os ler todos, espero.
Entretanto, já depois de ter alinhavado estas palavras acima na sexta-feira passada, tive tempo para arrematar mais 35 deles.
*
Adenda em 12 de Janeiro de 2011 – não sei como é que cheguei a 31,8 anos quando o resultado é 26,7. Suspeito que troquei as contas por um palpite. Chumbo em ciências exactas.
por MCV às 21:15 de 10 janeiro 2011
SurpresaQuando se diz que se está surpreendido por uma revista, qualquer que ela seja, levantar um problema da governação de um país, qualquer que ele seja, sem que tal problema tenha sido debatido nas devidas instâncias, isto revela o quê?
Isto não é uma atitude semelhante à que condena ou diz não entender os mercados? – em suma uma ocasião em que mais valia nada dizer.
por MCV às 10:12 de 09 janeiro 2011