Esquinas
Uma das minhas esquinas favoritas.
por MCV às 23:12 de 01 julho 2025 
Simples
A ser verdade o que foi relatado, que muita gente fugiu ontem das praias com o surgimento da nuvem ameaçadora à semelhança
do que ocorreu em 1999, então os simples não melhoraram nada na avaliação de riscos desde então.
Um factor decisivo para a sobrevivência isto de saber avaliar um risco.
Em nota à margem, um meteorologista que não sabia do que se tratava, tratou ele mesmo de explicar que era uma nuvem desenvolvida entre os 500 e os 1000 m de altitude...
por MCV às 21:56 de 30 junho 2025 
Os tolos
Os tolos que se agitam com o calor, com os valores máximos registados, não descobrem a data a partir da qual há registos nas diversas estações...
por MCV às 20:03 
Carvalhal, 1995
Magia, circo, fakir.
Ainda tenho o som de "É o bicho, é o bicho..." em altos berros na cabeça. Parecendo que não, passaram 30 anos!
por MCV às 16:52 de 27 junho 2025 
Trump fez o pleno
Veio à feira
vender armas.
Resta saber se os compradores perceberam o logro.
por MCV às 15:25 de 26 junho 2025 
Casminos
Assim do nada, bem, do nada não, estavámos a falar de alperces ou damascos, larguei um "casminos".
A galega, do outro lado da linha, não conhecia o termo. Consultou o oráculo miraculoso e obteve nada, palavra desconhecida. Deve o dito ter-lhe sugerido palavras afins, não se tratasse de erro tipográfico.
Face a isto, consegui obter via Google uma única referência ao casmino, de alguém que ficou com um caroço entalado...
Não fui de opinião! Então um fruto tão apreciado lá pelas minhas bandas não tinha mais menções do que a um caroço entalado?
Indignei-me e comuniquei tal indignação às minhas próximas que sabiam(?) bem do que se tratava.
Foi aqui que começou a confusão. Como o termo já não é usado há muito, havia a dúvida se designava alperces, pêssegos ou ambos.
Dividiram-se as hostes e suas ramificações: junto com a teima vieram características diferenciadoras como o caroço saltar ou não, o tamanho do fruto, a cor preponderante e outras.
O caso ainda não está resolvido e a culpa foi da galega que me disse que ia apanhar alperces barra damascos.
A ver vamos se ganho um saquito deles. Ao menos isso.
Com esta entrada passa a haver duas a falar de casminos.
imagem daqui
por MCV às 03:16 de 25 junho 2025 
Jornalistas e a chamada mediação noticiosa
Um ledor de notícias anunciou que
Israel bombardeou uma prisão iraniana onde se encontram presos opositores ao regime.
Não se apercebeu o referido ledor da contradição contida na notícia: ao atacar uma prisão onde estão pessoas contrárias ao regime que se pretende atingir, está a agir-se em contra-mão.
A menos que tivessem justamente derrubado os portões, aberto as celas, aniquilado os guardas.
É comum que jornalistas se refiram à informação constante nas redes sociais como carente de mediação, de enquadramento. Porém, a maioria deles é incapaz de ser crítica dos conteúdos que papagueia. Um jornalista que se detenha a meio da notícia e dê conta do disparate que estaria a pontos de ler, é uma raridade. Ainda os há mas são tão poucos...
Dito isto, há qualquer coisa nesta notícia que está por explicar.
por MCV às 22:03 de 23 junho 2025 
Pobre diabo formatado
Diz o pobre diabo pé-de-microfone: "
...não gosto muito de usar esta expressão: terrorismo." - isto quando se referia a terrorismo na acepção comummente aceite e não a qualquer outra coisa.
por MCV às 12:30 
Ispaão
Quantos jornalistas saberão que o topónimo Ispaão é velho na língua portuguesa?
por MCV às 18:03 de 22 junho 2025 
Língua
Está a passar-se com a língua um fenómeno semelhante ao que se passou com a paisagem: os simples, importando sem critério - por impossibilidade própria da sua simplicidade - os traços das construções que haviam divisado em terras distantes, cedo se deitaram a copiá-los com as consequências desastrosas que todos conhecemos.
A língua está a ser sujeita a uma das maiores transformações desde o "
chic a valer" e suas adjacências do princípio do século passado.
Uma classe iletrada e pouco dotada alcandorou-se aos bancos da universidade onde fez o seu caminho pelas sendas mais fáceis de trilhar. É em tudo permeável ao deslumbramento com as americanices linguísticas que absorve já não dos telexes das agências mas de qualquer sítio na internet* e do jargão profissional acrítico.
Por ignorar a nossa língua não faz a menor ideia de que existem há muito em português termos com o mesmo significado das americanices que profere. Umas vezes fá-lo por pura ignorância outras por
pedantismo novo-rico.
*cedo nesta como em outras por não ter existido em português palavra que a substitua ou que o faça satisfatoriamente - rede não me parece grande opção embora a use por vezes quando o significado é inequívoco.
por MCV às 11:47 
Hostilidade na guerra ou mais notícias do manicómio
“
Falemos agora da hostilidade na guerra” - disse o leitor de notícias, pé-de-microfone para o militar de serviço.
por MCV às 17:26 de 21 junho 2025 