Probabilidades
Em séries aleatórias, a probabilidade de acontecer
b imediatamente depois de ter acontecido
a é aparentemente igual à de qualquer outro elemento do conjunto.
Na História, a sequência dos acontecimentos tem diversos graus de previsibilidade. Há séries em que a modulação permite escalonar as probabilidades de acontecer
b,
c ou
d depois de
a e há séries em que estamos perto do comportamento aleatório. Isto no
mundo de Alice, que no outro ninguém se atreve a
especular sobre a especulação.
A meu ver vamos entrar nos números mais baixos da contagem decrescente para um confronto entre
Israel e o Irão à volta das instalações nucleares deste.
E há um outro teatro em que me cheira que a esmagadora maioria das potências não faz a menor ideia do que vai acontecer a seguir, é a escalada em que a Coreia do Norte se tem vindo a empenhar, na qual
segundo os sismógrafos vai muito à frente dos iranianos.
Aparentemente, esta ameaça é tida como insignificante. Uma espécie de folclore inconsequente.
Porém, se o meu olfacto não me engana, poucos sabem o que vai naquelas cabeças.
por MCV às 03:29 de 29 março 2013 
O que é que (me) vai acontecer amanhã?
Há tempo suficiente para não saber quanto – coisa que não faz todo o sentido, porque ele há coisas que o tempo não apaga, mas faz algum – apareceu-me escrita algures – há tempo suficiente para não saber onde – pela minha mão a data de 28 de Março de 2013.
Não creio que se trate de um compromisso assumido e esquecido.
Pondo isso de parte, alguma coisa me acontecerá amanhã. Coisa que por ter merecido destaque de
desmemorandum deve ter lá a sua importância.
por MCV às 14:08 de 27 março 2013 
Sem descanso
Trata-se de
ir repetindo inutilmente o caso. Coisa para que tenho certa tendência.
É impossível fazer omeletes sem ovos.
por MCV às 21:00 de 25 março 2013 
Acelerador
Via-me com ela, duas partículas aceleradas em circuito fechado, chocando com determinada frequência. Mas de raspão.
Quando finalmente o choque foi frontal e sem meias palavras sussurradas, dissiparam-se as dúvidas, não a energia.
Noto ainda o esplendor de tal choque.
A mulher dos sonhos era real, porém imaginada. Tanto quanto se pode imaginar um quadro a óleo.
Trocarei o verbo imaginar por desenhar?
por MCV às 21:07 de 24 março 2013 