Pérolas (de autor, como agora se diz)"A ponte Áifel
(de Viana do Castelo) deve o nome ao construtor da famosa torre Êifel
."Cito assim de memória um dos comentadores da Volta a Portugal em bicicleta na RTP.
O que conta é a forma como o mesmíssimo nome foi pronunciado de duas maneiras diferentes numa frase curta.
Sem que a intenção fosse mesmo essa.
Uma nota ainda sobre a péssima sinalização e guarnição do percurso este ano.
Desde carros que aparecem a circular entre os ciclistas. Por acaso no mesmo sentido.
Até aos sucessivos enganos de trajecto suscitados aos corredores.
Os comentadores permanecem a anedota do costume, é claro.
por MCV às 17:28 de 07 agosto 2010 
Ruas com dias
Passado pouco tempo de me ter deitado, vai para ano e tal, à tarefa de
coleccionar fotografias de placas toponímicas com datas, tropecei
nesta página que inventaria os dias de um ano inteiro pelo mundo fora.
Nota-se uma preponderância de países latinos, europeus e americanos.
Com a
oferta de Fernando Vilela, aqui há dias, veio à cabeça outra ideia disparatada – fazer uma colecção ecuménica, exceptuando agora as placas em português.
Para já, o único cromo legítimo é o que Fernando Vilela gentilmente entregou para a colecção.
Há depois uns quantos – muitos – sacados ao Google Street View.
Espera-se que cada um deles seja substituído por uma fotografia a sério.
Vai levar tempo.
A colecção deve ficar acessível este fim-de-semana.
por MCV às 23:53 de 06 agosto 2010 
Escol
Faz amanhã 44 anos que uma vasta equipa dirigida por estes homens entregou ao serviço do país uma notável obra de engenharia.
Fê-lo com seis meses de... avanço em relação ao prazo previsto.
in Magazine da Morrison-Knudsen Company, Inc., Novembro de 1964
(em clicando, verão ampliado e legendado)
por MCV às 23:13 de 05 agosto 2010 
Rien se perd, rien ne se crée, tout se transforme Talvez se trate de uma questão de conforto espititual.
Vi hoje uma apresentação na Casa Branca de um gráfico em tarte que traduziria a frase “
Where did the oil go?”

A ferramenta que gerou este gráfico é referida na
comunicação respectiva.
Deve tratar-se de uma questão de conforto espiritual, como disse.
Mesmo como arma de arremesso jurídica, suponho o seu valor pouco maior do que nulo.
Que tipo de ciência será esta?
por MCV às 23:28 de 04 agosto 2010 
ImpossibilidadeÉ alguém do aparelho daquilo a que se chama a justiça dizer alguma coisa que faça sentido.
Não se pode pois estranhar a quantidade de dislates com que temos sido brindados nestes últimos dias.
Haverá por ali escondido alguém que saiba alinhar duas ideias? E que me desdiga.
por MCV às 20:14 de 03 agosto 2010 
Educação“
Vamos querer até que haja uma aprendizagem efectiva” – pouco importa que esta frase seja retirada do contexto. Vale por si e a menos que houvesse da minha parte uma inversão do seu sentido, tivesse ela sido dita num contexto semelhante ao deste post, está bem patente o que quer dizer.
A frase, para quem esteja mais desatento, foi proferida pela Ministra da Educação a propósito do caso da eliminação das reprovações.
Passo por cima do caso principal por achar que não me merece para já grande atenção.
Atento apenas na frase.
Diz portanto a senhora ministra que vamos querer
até.
A preposição
até diz-nos que a querença ultrapassará as expectativas vulgares.
E quais são essas expectativas? Não sabemos. Apenas que estão abaixo de que haja uma aprendizagem efectiva. Mais simplesmente, que estão abaixo de que se aprenda na escola.
Não ignoro que nem sempre os sistemas educativos estão destinados a dar instrução ao povo.
Talvez sejam mais os casos em que não estão do que os que para isso são montados.
A questão aqui é que esta frase é uma assunção de que o nosso sistema não está virado para uma aprendizagem efectiva. Está virado para qualquer outra coisa.
Na minha opinião, um sistema educativo ou instrutivo deve adequar-se ao modelo social e à realidade. Creio mesmo que qualquer sistema desadequado à realidade...
Na minha valorização das coisas, estou atento ao lugar comum, imemorial e óbvio da cultura em terra produtiva e do abandono das terras inférteis. Ainda que se possa elaborar sobre os limites da infertilidade.
Atentando a tal, julgo que uma sociedade deverá saber identificar os seus melhores em cada campo e aproveitá-los como tal.
Nem toda a gente serve para pensar. Terá algum tipo de interesse para o colectivo e para o indivíduo que com ele se percam tempo e energias a tentá-lo fazer usar a cabeça?
Enquanto isso há, perdida numa aldeia do interior, sem meios, uma criança notável que só não dará um contributo precioso à nossa organização futura se não lhe dermos a hipótese de o fazer.
Essa criança está condenada ao subaproveitamento num sistema que se entretém a nivelar por baixo. Ficará inevitavelmente uns degraus acima dos seus pares mas nunca dará o que poderia dar.
Se é isso que queremos, ter um rebanho controlável e pouco reivindicativo, o caminho não está mal lançado.
Temos que contar é que, rebanho à parte, estamos a perder, a desperdiçar os nossos melhores. Tantos mais desperdiçaremos quantas mais faixas sociais deixarmos ao abandono.
E que para o lugar deles, irão os incapazes com meios. Como podemos verificar já, olhando à nossa volta. Incapazes com
I grande.
Um caminho para baixo. Sempre para baixo.
A menos que esta frase “
Vamos querer até que haja uma aprendizagem efectiva” seja uma espécie de revelação. De apocalipse.
Alguém acredita nisso?
Errata:
claro que até
nesta frase não é preposição, é advérbio.
por MCV às 01:03 