Coisas que os antigos diziam de outra maneira - sentença oitavaO culto é o que tem uma amostra das coisas que lhe permite obter bons resultados.
O sábio é o que viu que esses resultados a nada conduzem.
por MCV às 04:19 de 11 janeiro 2012 
Dignidade
imagens da RTPAquilo a que se chama o edifício da Justiça, independentemente das salas que o constituem, é habitado por seres cuja capacidade intelectual é permanentemente posta em causa, salvo as honrosas e confirmantes excepções.
A dignidade da Justiça, indepentemente dos indivíduos que habitam o tal edifício, também se deve exibir nas salas que o constituem, no impessoal e no pessoal.
No impessoal, independentemente do valor plástico (gostos não os discuto), parece-me pouco digno que uma sala de audiências contenha arte parietal em que estão representadas de pantanas as balanças ditas da justiça.
No pessoal, parece-me indigno – caso se trate de uma sala de audiências, como tudo indica – que a alguém seja possível deixar-se fotografar como se estivesse à boca de cena, com a tribuna ao fundo.
A estes exemplos, colhidos apenas no Telejornal de hoje (as balanças de pantanas aparecem amiúde desde há uns anos) podem somar-se ene outros.
Temos o retrato.
por MCV às 23:22 de 10 janeiro 2012 
Às primeiras cavadelasPor um mero acaso, de manhãzinha tinha a televisão ligada na TVI24.
Ouvi falar na nova TVI24 mas não percebi o que era.
O que ouvi assim quase de seguida foi que a escala de Richter
tinha o limite em 9 e que a uma jovem se tinha partido a corda que lhe segurava o salto sobre o rio
Zambezi.
Descontando o facto de esse salto ser notícia já requentada, limitar a escala de Richter a 9 e chamar Zambezi ao que se chama Zambeze, pareceu-me um bom (re)começo.
por MCV às 21:24 de 09 janeiro 2012 
É DomingoTalvez por ser Domingo ou muito provavelmente por qualquer outra razão ou, mais certamente, pelo conjunto de factores intrabalháveis que constitui a vontade humana, recebi do meu velho LP algo que me surpreendeu.
Surpreendeu-me por ser uma escrita com um certo fio, menos desconjuntada, do que ele
usava há cerca de trinta anos quando quase diariamente me trazia folhas A4 escritas em tipo Adler dos inícios do século XX. E, terror dos terrores, aparentar conter uma certa
mensagem.

Talvez ampliando com uma clicadela e pondo os tais óculos portugueses e republicanos se veja mais nítido.
Com isto, vinha uma lacónica nota que rezava assim:
Não te prendas com o vermelho e o azul do olho à belenenses. Afinal se é à belenenses deveria ser só azul. Mesmo que com calções brancos. Por falar nisso, onde é que eles andam?
Centra-te antes na questão essencial – nunca te ocorreu que os filtros que a malta usa em cada olho para ver o que ela diz ser a três dê
, são verdes de um lado e encarnados do outro?
Quando descobri esta coisa surpreendente, percebi logo que só os verdadeiros portugueses de 1911 para cá – a bandeira tal como a conhecemos começou a ser hasteada nesse ano – puderam neste século que ora findou ver as coisas verdadeiramente como elas são.
Por isso, peço-te que coloques o texto no teu blogue, à portuguesa republicana. A três dê
.
Caramba, estes três dê fizeram-me lembrar qualquer coisa. Mas não deve ser nada de cuidado. E as balanças também.
por MCV às 19:40 de 08 janeiro 2012 