Ainda não perceberam mesmoRecebi do meu velho amigo
Isabelino Abreu dos Anjos a missiva que segue e que é melhor verem ampliada, nela clicando, caso a queiram ler:

Eu próprio tinha dado pela coisa, visível que está no
Telejornal de hoje, segunda parte, aos dois minutos e picos.
Depois disso, ainda continuei a ouvir uma série dos tais que não perceberam a dizerem, com toda a naturalidade, que não sabiam o número de eleitor.
O meu amigo Isabelino, usado como mau exemplo à sua revelia, é que, como ele diz, não é burro como eles.
por MCV às 23:52 de 28 janeiro 2011 
Já não há ZLAN como antigamente
Um porta-aviões movido a energia nuclear no Tejo e não há baderna!
Os ZLAN andam apáticos ou eu ando mal informado.
Isso de haver armas nucleares a bordo era, no tempo deles, um pormenor sem importância.
Hoje não sei.
por MCV às 20:18 
E ainda não perceberam...
Ouvi ontem uma nova e ainda mais estúpida – que os cartões de eleitor também foram destruídos aquando da obtenção do cartão de cidadão.
Que o cartão de eleitor não tinha nem nunca teve utilidade alguma para além de conter o respectivo número todos sabíamos. Ou devíamos saber.
Certa vez, há muitos anos, numa assembleia de voto em que indiquei o número respectivo sem apresentar o cartão, vi-me na contingência de ter que explicar à presidente da dita que o tal cartão era uma inutilidade legal e técnica.
Que tinham destruído tais cartões ouvi pois ontem. Não sei se é verdade mas se eles para nada serviam, nada se perdeu.
Esqueceram-se foi, pelos vistos, de dizer às pessoas a quem destruíram tais cartões que o que contava era o número, saber o número, nem que fosse apontado num papel pardo.
No meu caso, como aqui já referi, não só ninguém me pediu o cartão de eleitor para ser furado e inutilizado como me enviaram não uma mas duas cartas idênticas a indicar-me o novo número de eleitor, uma vez que no meu caso, havia uma alteração de morada.
Isento pois, no meu caso, de responsabilidade e culpa a administração.
Entretanto, há também quem diga que o número de eleitor era também para extinguir.
Espera-se que, ao fazê-lo, tenham consciência das alterações que isso provoca na elaboração e actualização dos cadernos eleitorais. Particularmente nas freguesias populosas que é onde está o busílis. Nas terras pequenas, toda a gente se conhece e há mais expediente.
Duvido, porém, que essa consciência exista. Pelo exemplo em análise.
É que continuo a achar que ainda há muita gente com responsabilidades que não percebeu o que aconteceu.
Já não vai perceber.
por MCV às 19:00 
A nesga de CristoAli ninguém crê.
Naquele quarto hospitalar onde a vida reage sedadamente à agressão que ela própria se inflingiu.
Ela nunca saberá que ele se sentou, ao comando dela, frente à nesga de Cristo.
Ele só o soube, horas depois, quando o silêncio do quarto e a escuridão da janela lhe mostraram, pela estreita nesga das cortinas, pela muito estreita nesga das cortinas, o monumento iluminado. Enquadrado, aresta com aresta, limite com limite, com a estreita, muito estreita, nesga das cortinas.
por MCV às 23:32 de 27 janeiro 2011 
Dois anos com ruasFoi
a 25 de Janeiro de 2009 que iniciei a colecção das “
Ruas com Dias”.
Decorridos dois anos, há nela 164 placas correspondentes a tantos dias.
E há 331 dias do ano dos quais julgo ser possível encontrar a respectiva placa em Portugal.
Daqui por dois anos tenho portanto a obrigação de ter completado as possíveis.
Quanto às outras, depois se verá.
por MCV às 21:37 de 25 janeiro 2011 
Algumas notas sobre a eleição presidencialSó
Mr. Gaston Smith ousou apostar contra mim na
percentagem que teria Manuel Alegre.
Fê-lo, no entanto, sob reserva mental, com o único intuito de nos juntarmos para uma jantarada quando ele aportar por terras de Portugal.
Significa isto uma de várias coisas:
Ninguém lê este blogue – coisa que eu sei que não é verdadeira. Tenho provas materiais de que há quem o leia.
Ninguém que lê este blogue se interessa por apostas.
Ninguém que lê este blogue e se interessa por apostas achava que Manuel Alegre granjeava maior percentagem de votos do que a que obteve há cinco anos.
Ninguém que lê este blogue, se interessa por apostas e achava que Manuel Alegre granjeava maior percentagem de votos do que a que obteve há cinco anos, tinha algum interesse em terçar facas e garfos com o seu autor.
Pois bem, Alegre ficou abaixo dessa fasquia e eu vou palmar o jantar a Mr. Gaston Smith, tão cedo ele aporte.
Ainda hoje ninguém percebeu o que aconteceu ontem, no caso do recenseamento.
Ouvem-se os mais rotundos disparates para descrever o que se passou. Eu escrevi descrever.
E o que aconteceu foi que existiu um número considerável de gente que não sabia o seu número de eleitor. E um número considerável de gente que desconhecia o seu local de voto.
E um sistema incapaz de responder a estes problemas.
Comecemos pelas causas:
Ponto um – gente que não sabia o seu número de eleitor.
Não faço ideia se foi este o problema mais significativo.
Mas aqui começa a incompetência técnica. Começa quando se percebe que se levou muita gente a pensar que o cartão de cidadão dispunha de informação sobre o local de voto e número de eleitor, isentando assim a pessoa de o saber.
Ou seja, que tendo um cartão com chip em algum lugar haveria forma de inserir o cartão e obter a informação. Ou qualquer coisa mais mágica.
Isto evita-se chamando a atenção para o facto de essa informação ser errada e que a detenção do cartão de eleitor* que ostenta o respectivo número continua a ser necessária.
Tal como, quando é caso disso, se deve chamar a atenção para a reorganização dos cadernos eleitorais e consequente alteração do número de eleitor.
Ponto dois –
o texto que se encontra disponível no portal do cartão de cidadão não diz que ao obter o cartão de cidadão se altera automaticamente o número de eleitor.
Diz, isso sim, que a alteração de morada provoca de imediato a alteração óbvia do local de recenseamento e consequentemente do número de eleitor e deixa antever que o recenseamento eleitoral passa a ficar dependente da morada, coisa que não acontecia com o bilhete de identidade, a menos que fosse solicitada pelo próprio.
Só mudam de número de eleitor e local de voto as pessoas que tinham antes um local de voto que não correspondia à morada oficial.
Ora isto supre-se com a informação vincada de que deverá aguardar uma correspondência da junta de freguesia com a indicação do seu novo número de eleitor – coisa que aconteceu comigo. E depois averiguar do local onde vota, coisa que todos devemos fazer quando mudamos de morada.
Ou que, não recebendo tal carta, será necessário deslocar-se à junta ou a outro local a indicar, caso exista, para receber essa informação.
Excluem-se os casos em que a freguesia resolveu alterar a localização das assembleias de voto, que suponho sejam em número insignificante.
Tudo isto se pode fazer com uma campanha visível nas televisões.
E pode ainda corrigir-se com uma listagem alfabética disponível em locais convenientes. Com tanto dinheiro atirado à rua, não seria por aí que iríamos empobrecer mais.
Ponto três – a resposta do sistema.
Ouvir, como ouvi, que o sistema tinha previsto o problema mas que a previsão tinha sido ultrapassada é, no mínimo, um insulto que quem tal diz desfere a si próprio.
Como o engenheiro que se desculpa por não ter previsto o vento de 140km/h mas o de 90km/h. Mas previu.
Esta é a afirmação proferida. O caso pode sempre ser assim, de erro ao prever. Ou pode ter sido de previsão certa mas de erro no dimensionamento. O resultado final é o mesmo e a causa a mesma – incompetência técnica.
Aqui chegados, verifica-se que quem gere o sistema, espalhou-se ao comprido.
Não sei se aprenderá a lição, pois este caso já se adivinhava desde 2009. Nessa altura com uma dimensão muito menor, por razões óbvias.
Depois há os tontos que comentam, que falam em falhanço das tecnologias (uma palavra que me fere os ouvidos, quando precedida do adjectivo novas) sem terem percebido o que de facto aconteceu.
*
é melhor isso do que dizer que basta apontar o número.
por MCV às 16:30 de 24 janeiro 2011 
Incompetência técnicaO caso das confusões com os números de eleitor, cartões de cidadão e cadernos eleitorais é uma mera questão de profunda incompetência técnica de quem tem a responsabilidade de organizar um acto eleitoral.
Burrice – como se dizia antigamente.
por MCV às 18:16 