Demarcação
A forma e a colocação dos marcos fronteiriços obedece naturalmente a critérios fixados em documento competente.
No meu critério, que apenas pretende ser racional, forjado na segunda metade do séc. XX, um marco assinala um ponto que pertence a uma linha de demarcação.
Quando a linha de demarcação é o talvegue de um rio ou a linha média entre margens, pode suceder que existam testemunhos nas margens para aferir, ao nível das águas, o lugar da fronteira.
O que não pode suceder é que estes testemunhos se confundam com
marcos de limite fronteiriço.
Nas termas de Monfortinho, perto das quais a fronteira natural é o talvegue do rio Erges ou a linha média entre margens, aparece um marco fronteiriço ao fundo da alameda fronteira à porta do edifício do balneário. Cerca de 80 m para dentro da fronteira natural. É o
673 B, exactamente igual ao
673 C que está a meio da ponte que, perto de Segura, supera o rio Erges.
Alguma razão há-de ter existido para lá o plantarem. O que não pode suceder é que a sua forma e a sua designação sejam confundíveis com marcos de limite fronteiriço.
Mas sucede. É esta a gente que anda a mandar no país.
por MCV às 17:59 de 01 dezembro 2013 