O ciclo fecha-se (com fé)Quando, na noite de 18 de Maio próximo, Pedro Barbosa levantar a Taça UEFA em pleno Alvalade XXI, um ciclo de quase 50 anos estará fechado.
Um ciclo iniciado a poucos quilómetros, no Estádio Nacional, a 4 de Setembro de 1955, com o primeiro de todos os jogos das competições europeias de clubes.
Com o Sporting como anfitrião e o Partizan de Belgrado como adversário.
Pelo meio, passou pela conquista da Taça das Taças em 1964.
E ao completar-se, de verde e branco, 50 anos depois, carrega de simbolismo a vitória.
Vamos a eles!
por MCV às 01:05 
Passagem para LisboaOs pais não costumam revelar aos filhos as patifarias que faziam aos seus pais, na juventude.
Ou talvez o façam quando tal já não tem qualquer importância como exemplo.
Do meu pai, recebi sempre mais exemplos do que lições. Serviram-me bem, assim o creio.
Mas, um certo dia, já a coisa não faria grande mossa na sua reputação, veio a história.
Que estava já no Porto, a acabar os estudos, quando foram inauguradas as carreiras regulares entre a Invicta e a capital, por via aérea.
Nesses dias, a muito consabida e anormal necessidade de novos livros e compêndios, chegou por carta ao Alentejo.
Poucos dias depois, num fim-de-semana, chegou a casa mais depressa do que os pais calculavam.
Não acredito que o meu avô não tivesse dado pela coisa.
Lembrei-me hoje disto, dizem que a TAP faz sessenta anos. Não foi a 14 de Março?
imagem do Dakota das páginas da TAP
por MCV às 15:39 de 29 abril 2005 
O assunto é sérioE por demais debatido.
Já ouvi descrições das mais variadas formas de lhe fazer face.
Uns dormem com um caderninho na mesa de cabeceira - já o fiz. Outros levantam-se a meio da noite e resolvem o assunto, outros ainda têm um gravador de bolso ou o telemóvel à mão para fazerem o relato da ocorrência.
Há também os que acordam a testemunha mais à mão para lhe dar conta. Creio ser esse o processo mais falível e mais arriscado.
O certo é que tenho a convicção de que ontem, depois de ter visto Bob Hoskins no papel de Mussolini, me surgiram em catadupa linhas e linhas de texto sobre a primeira metade do séc. XX, as ideologias perfeitas e as tentativas de as aplicar.
Hitler morreu em 1989. Estaline ainda está vivo. Outros, menos conhecidos, mas igualmente "perfeitos" são dados como desaparecidos. Ou não será assim?
imagem de
por MCV às 14:58 
La PalissadaÀ medida que a massificação aumenta, torna-se cada vez mais difícil encontrar argumentos interessantes.
Também sei que é absurdo, que é ridículo, queixarmo-nos dos dados de um problema.
por MCV às 12:36 de 27 abril 2005 
DiscussõesUma das discussões mais estéreis e absurdas que ocorreu há um ano atrás, centrava-se na queda de um "R". Como se não tivesse havido uma revolução em 1974 ou se as coisas desde então não tivessem evoluído.
Nunca percebi o que sustentava tanto ímpeto polemista à volta do caso. Mas não era decerto a letra em causa.
Dir-se-á que o homem não vive sem estas querelas. Sem querer pôr os outros na ordem ou na desordem. A mim tanto se me dá. Não pretendo iluminar ninguém.
Mas quando se fala no 25 de Abril, percebe-se que ainda não decorreu o tempo suficiente para poder para ele olhar com distanciamento. Até os que depois dele nasceram parecem submetidos a umas quantas verdades indiscutíveis.
Não posso saber o que desencadeou de facto a revolta dos militares. Não estive presente em nenhuma das reuniões preparatórias e apenas sei o que li e ouvi depois.
Tenho como todos os que tinham já idade para tal, uma ideia do clima que se vivia.
Da inevitabilidade da queda de um regime podre por dentro.
No qual ninguém já acreditava.
E da iminência dessa queda, reflectida nos inúmeros boatos que, independentemente da origem, coincidiam na notícia.
Claro que havia também os que achavam que a coisa se prolongaria por mais uns quantos anos, tendo em conta a forma como o regime se defendia dos seus adversários. Creio que não eram muitos os que assim pensavam.
Penso pois que a razão directa pela qual caiu é de somenos importância. Se era um maior ou menor descontentamento dos militares com a questão dos milicianos, se era outra coisa qualquer.
Nestas coisas da História, encontrar explicações é quase sempre tropeçar num episódio como o descrito por Luz Soriano na "História da Guerra Civil" quando relata a queda de Lisboa a 24 de Julho. Ou ainda mais remotamente na aclamação do Mestre de Aviz.
Mas houve uma revolução nesse dia. Uma revolução que não terminou com a conquista da cidade.
E houve naturalmente uma evolução. Que teria existido independentemente do resto.
Não percebo que dúvidas é que isto suscita ou suscitou o ano passado.
por MCV às 17:01 de 25 abril 2005 
CongressoO caso é que se beberam uns códigos, digo, uns copos.
por MCV às 06:28 
CongressoSe virem por aí os congressistas...
por MCV às 18:11 de 24 abril 2005 