Manhattan submersa
Ilustração e interpretação poética do barulho que os comentadores e os repórteres fazem a propósito do furacão Irene e da sua
eventual passagem por Nova Iorque:
Adaptação de folheto turístico do Empire State Building do início da década de 60.
por MCV às 04:33 de 27 agosto 2011 
Um Cristo-Rei de plástico
fotografia de Teresa Guerreiro
Há uns anos – e se o tempo passa depressa aqui nos blogues – ostentei
aqui a minha honesta intenção de adquirir um Cristo-Rei de plástico igual aos que com que me confrontei amiúde na minha infância nas mais diversas casas.
Ao que parece tais relíquias foram sendo rejeitadas através das décadas sem que tenham aparecido na Feira da Ladra ou em lojas de monos.
Pois bem, mão amiga firmou-se no botão da máquina e bzzzztchtk, alcançou este plano de um Cristo-Rei em plástico chinês, se é que se pode designar assim aquela resina de fractura concoidal que é habitual nos santos de plástico hodiernos.
Já sei onde ele mora. Agora é só arrematá-lo e partir depois em busca da
buzina de bexiga. Só depois virá a
andorinha de louça.
por MCV às 23:41 de 26 agosto 2011 
Armagedão
Um dos hipotéticos cenários para uma destruição em grande escala que alguns calculam poder ser muitíssimo mais grave do que os recentes casos dos maremotos do Índico e do Mar do Japão e do sismo de Port-au-Prince, é a erupção de um dos vulcões de La Palma, nas Canárias e um subsequente colossal deslizamento de terras.
Creio que este cenário terá sido já objecto de correcções de tiro após os maremotos recentes. No sentido de calcular menores estragos em sua função.
O que suscita este tema é a actual
crise sísmica em El Hierro que pode prenunciar uma erupção, coisa que não sucede, segundo os dados que consultei, desde 1793.
La Palma é logo ali ao lado. A 100 km.
O assunto nem por isso tem sido objecto de notícias.
sismos em El Hierro desde 8 de Julho p.p. - imagem composta a partir de cartografia e dados do IGN de Espanha
por MCV às 21:29 de 24 agosto 2011 
Deus é grande!
A tradução que talvez melhor se encaixe para الله أكبر será “Louvado seja Deus!” em vez de “Deus é grande!”. Isto porque, na minha qualidade de absoluto leigo em linguística, considero que o espírito da coisa dita se vulgarizou mais na língua portuguesa naquela expressão do que nesta outra, mais à letra.
“Bendito seja Deus!” e “Graças a Deus!” são, terão sido, ainda muito mais vulgares na nossa língua do que “Deus é grande!”.
Todas elas louvam Deus de uma forma semelhante. Ainda que alguns defendam que Alá é mais qualquer coisa do que Deus e que esta frase significa isso mesmo. Partindo assim do absoluto divino para o relativo divino. Mas isso é outro assunto.
Pergunto-me quantos anos teríamos que recuar na nossa História para irmos dar a uma época em que qualquer uma destas expressões estivesse permanentemente na boca dos circunstantes face a qualquer acontecimento extraordinário que suscitasse a invocação do divino em catadupa.
São esses anos todos que nos separam civilizacionalmente, entre massas, do mundo que traz na boca tal expressão a cada passo, a cada meia-dúzia de segundos.
Eh, pá!
por MCV às 19:52 de 23 agosto 2011 
Explosão
A vingança de Kadhafi vem em forma de
terramoto em Washington. Literalmente.
© USGS
por MCV às 19:08 
Facínora
imagem da RTP
O
facínora de quem se fala agora tem umas estranhas semelhanças de nome e de aspecto com um homem que acampou em São Julião da Barra aqui há três anos e meio.
Bem sei que nada disto é novo, que sempre assim foi, mas às vezes dá vontade de confrontar certos artistas com a sua arte.
por MCV às 22:51 de 22 agosto 2011 