Um dos sintomas denunciadores da pseudo-intelectualidade nacional é o recorrente riso alvar que está nela associado à palavra Matemática. por MCV às 19:31
I & Mr. Teal
Acontece por vezes concorrer nas compras no supermercado aqui ao lado com Mr. Teal e seu chapéu. Parece que os anos não passaram por ele.
Sou republicano e considero o assassínio uma arma legítima em algumas circunstâncias, no actual estádio da evolução. Sobre o Regicídio, depois de ter lido hoje muitas coisas com que concordo absolutamente, escritas pelos simpatizantes monárquicos e pelos que o condenaram, apenas registo que a actual situação, à excepção do Presidente da República, optou por um silêncio laudatório do assassinato político. Um destes dias, criaturas capazes como são as da situação, virão decerto condenar toda e qualquer violência. por MCV às 21:08 de 01 fevereiro 2008
A cruz de Quintos
fotografia de João Espinho
Em tempos, encontrei esta foto no blogue do João Espinho – a Praça da República em Beja – e a sensação que me causou está lá hoje descrita, por gentileza dele que me chamou a integrar uma série de convidados semanais que escolhe e fala sobre uma das fotos que ele lá publicou. Sem lisonja, acho a foto excepcional. O facto de me ter suscitado memórias é apenas um complemento à submissão que ela me causa. Socorro-me uma vez mais do meu velho SG, para acrescentar o que quer que seja ao que fica dito.
Sitiando a madrugada
Gastos os passos Em tardes puídas de um inverno são. Resta um pensamento enlutado E uma estola de arminho pelada Para desta janela te recordar viva. Ainda ponho o jornal sobre o prato E tu já não me fazes irritar. Ah, levei o gato para casa de minha tia! Vejo os pratos que empilho os dias todos De semanas que prorrogam este lar E desfaleço. Volto a caminhar no mar de que tenho os mapas E rotas há que só de noite me atrevo a percorrer, Temor de azul que me fascina Pelos perigos que se diriam simulados. Chego ao porto. Ancorado no velho sofá, Preparo o tempo para um reveillon sempre adiado, O sempre o mesmo smoking esfarrapado Como as cordas das orquestras que se ouvem Em sons de samba e bossa-nova. Que aqui chegam ténues, os anos a passar (é meia-noite) Sobre a tua campa.
Deixámos entrar o lixo, deixámos que se reproduzisse. Agora mandamos a cavalaria patrulhar as ruas. E é isto. Já não falta muito para estourar a panela. por MCV às 20:34
A minha ideia de Correia de Campos era a que aqui exprimi. Um dos poucos com cabeça num governo acéfalo. Não admira, pois, que saia.
Da ministra da Cultura, recordo apenas a sua figura, de capacete de protecção algo montagueano embora verde na cabeça e algures num descampado de Foz Coa, decerto receando que o céu lhe caísse em cima da cabeça. Que outra coisa não poderia ser.
imagem da RTP
post adendado e alindado com ilustração às 16:17 por MCV às 16:05
A zona dos ribeirinhos
Quem é que pagámos*, quanto é que custou e para que é que serviu aquela apresentação musicada da frente ribeirinha de Lisboa, à qual uma empolgada jornalista chamou margem sul do Tejo?
* não é erro nem gralha, é mesmo preconceito. ** onde se ouve que "...será uma cidade mais vibrante, mais agradável!" por MCV às 22:28 de 28 janeiro 2008
Os baleados da noite
Até agora, a sensação com que se fica a propósito da onda de mortes no Porto e destas duas últimas de Rio de Mouro é que não se perdeu nada. Porém, isso só por si não justifica a impunidade com que estas coisas se vão repetindo. Com toda a gente a assobiar para o lado. Nem isto começou com os casos do Porto nem se vê uma única medida eficaz para pôr na ordem o lúmpen. por MCV às 20:29
Correcção de um erro
Disse aqui que os mapas que a Optimus e o Expresso oferecem há anos eram da responsabilidade - a julgar pelo verso dos ditos - do Guia Turístico do Norte, até 2005. E de 2006 em diante da Forways e que todos continham um erro de implantação da A2 na zona de Messejana. Errei numa coisa e esse erro deve-se a ter presumido que o mapa de 2007 era igual aos de 2006 e 2008, por não o ter encontrado. Não é. É da autoria da Turinta e está correcto na zona de Messejana. O que torna ainda mais bizarro que o erro, depois de finalmente corrigido em 2007, regresse em 2008. De qualquer forma penitencio-me pela precipitação e peço desculpa por isso. por MCV às 16:44