Pôr o dinheiro (do jantar) onde se põe a boca (II)*Qual a soma da diferença de golos do 3º classificado de cada um dos oito grupos?
Aposto em
-4.
*
esta não está ainda no balcão d'apostas
por MCV às 02:14 de 12 junho 2010 
A banalização do erroDizia um escritor que muito aprecio que a estupidez não era nova, o que era novo era a sua universalidade.
Pondo as minhas reticências à ideia que haja também algo de novo na universalidade da dita estupidez, parece-me que, a haver algo de novo, é esta multiplicação de espelhos fátuos que faz com que o erro se multiplique, se banalize e seja encarado de forma tão natural como o acerto.
O facto de se ver, de se ouvir, de se ler demasiadas vezes a mesma inconsequência racional e lógica deriva numa aceitação dessa inconsequência que a torna normal, natural.
Já aqui escrevi sobre
as questões com que este mundo errático e erróneo mais me contempla.
Ou que eu
nele contemplo.
Ocorreu-me isto hoje face a alguém que é de opinião que amanhã, 10 de Junho de 2010, não é quinta-feira.
E que face ao meu desacordo se barrica dizendo justamente que tem direito a ter uma opinião diferente da minha.
Não lhe nego esse direito. Alguém lho nega?
O que não acho é que seja uma coisa normal, natural. Merecedora de atenção.
por MCV às 22:16 de 09 junho 2010 
ZoogmatismoUm dos meus velhos amigos referia a palavra
zoogmatismo para designar a influência que um animal pudesse ter sobre outro por via do olhar.
Dizia ele que era fácil para um homem
zoogmatizar uma galinha. Tal como algumas serpentes
zoogmatizavam as suas presas antes da captura.
Ouve-se dizer já que é preciso agora mexer na lei da paternidade.
Até à data, dada a natureza das coisas, apenas um e um só homem podia ser pai e uma e uma só mulher podia ser mãe de uma criança.
Claro que em alguns casos, nem o pai era o pai nem a mãe era a mãe de facto. Mas a verosimilhança fazia com que assim fosse, a cada pessoa um só pai e uma só mãe.
Enquanto a Natureza continua a insistir em que o ser humano (e mais uns quantos seres) apenas possa advir da conjunção de um macho e de uma fêmea, ainda que, desde o século XX, possam nunca se ter cruzado, há já quem ache que, já que os pais (o pai, um só) afinal não são os pais e as mães (mãe, como é sabido, há só uma) não são as mães de facto – chamam a essas e esses as e os biológicos – não faz mal nenhum que uma pessoa tenha dois (por que não sete?) pais e duas (ainda que haja só uma) mães? Ou mesmo três mães e dois pais, numa generosa
full-hand de cinco dedos (ou serão cem?), why not?
Retomo aqui, a propósito e inspirado no
mui censurado Prof. Paulo Otero, o
zoogmatismo do meu amigo.
Se
zoogmatizar pode ser sinónimo de olhar, por que não ir também “modernamente” mais longe e adoptar essa palavra para designar o animal que olha, que vela por?
Por uma criança.
É ou não verdade que os animais têm dado provas de protecção e de cuidado que muitos pais não dão?
Assim sendo, que diferença faz que um cão seja mãe de uma criança ou uma cadela seja um trio de pais de outra? Não vejo que haja que discriminar nem em espécie, nem em género nem em número.
Há por aí muitos defensores acérrimos – com argumentos que eles acham razoáveis – só do que lhes interessa.
Que cada um defenda o que lhe interessa parece-me bem.
Agora que pretenda ser razoável, racional e até universal (no sentido de aberto a todas as variantes e possibilidades) na defesa dos seus interesses é que já me parece estupidez pura e dura.
Quase sempre decididos os que o fazem a proibir os argumentos e as manifestações de interesses contrários aos seus.
O que de resto faz sentido. Uma vez que os seus argumentos são demasiado frágeis.
por MCV às 02:05 de 08 junho 2010 
IncompetênciaRecordo-me, nestes últimos anos, de 2001 para cá, pelo menos de três (com este) casos similares de pessoas desaparecidas com os respectivos automóveis que apareceram mortas, ao que tudo indica vítimas de acidente.
Em relação a este último caso, da
desgraçada miúda de Lamego, ocorre-me esta dúvida:
Gastou-se tempo e dinheiro com barcos e mergulhadores e mais sei lá o quê e só com recurso ao
rappel, a crer nas notícias, é que se descobriu o carro, este tempo todo depois? Mesmo havendo
a suspeita de que se tratava de um caso semelhante aos outros mencionados?
Não há em tudo isto, como no caso de
Graça Oliva e de
José d’Orey uma entranhada incompetência?
Parece-me bem que há.
Se não houvesse, é que seria de espantar.
por MCV às 00:28 