Efemérides
A colecção das
Ruas com Dias completou os dias de um mês, Julho. Foi o primeiro e, provavelmente, o último.
A ideia que preside à colecção é que as placas toponímicas se refiram explicitamente a uma data e se encontrem em território nacional.
Ora, pelos vistos e com a pesquisa já feita, o mês de Julho é o único que tem passados à pedra, ao azulejo, à chapa (ou no caso de autarquias mais bizarras, ao plástico – que as há que trocaram literalmente a pedra pelo plástico!!!) todos os seus trinta e um dias.
Pois de Janeiro faltam três (2, 19 e 30); de Fevereiro, quatro (6, 8, 11 e 29); de Março, outros quatro (14, 17, 22 e 24); de Abril ainda quatro (8, 21, 28 e 29); de Maio apenas um (7); de Junho, três (2, 3 e 12); de Agosto, outros tantos (7, 18 e 20); de Setembro, dois (10 e 30); de Outubro, um (26); de Novembro, três (4, 22 e 28) e de Dezembro também três (2, 3 e 5).
São ao todo trinta e um, até agora, os dias que parecem faltar na recordação pública. Um mês inteiro aos bocados.
Para completar a colecção, caso não existam mesmo as ruas, as praças, as avenidas, os largos, as pracetas, os cais, as quelhas, as escadas e escadinhas, as travessas, as alamedas, os becos ou os impasses com tais datas, resta chamar a atenção de algumas freguesias para factos históricos que lhes dizem respeito. Com tanto dinheiro público jogado à rua, talvez o preenchimento da caderneta e das trezentas e sessenta e seis datas do calendário não seja um bizantinice.
O problema maior será ainda assim, não querendo desbaptizar o que baptizado está, encontrar arruamentos novos para atribuir um nome, uma data.
por MCV às 13:18 de 09 novembro 2013 
Bajo costo
Abstenho-me aqui de dar pormenores sobre o velho militar franquista que anunciou aos circunstantes que dentro de dias se deslocaria à Suiça, num voo de uma companhia aérea de
bajo costo.
Apenas digo que as suas expressões fizeram escola durante a nossa excursão (minha e de amigos próximos) à costa valenciana –
Ejército!!!
Ora isto é um nariz de cera. Autêntico. Nada a ver com Espanha, Franco e as forças armadas dos vizinhos.
Tem sim a ver com uma reportagem no telejormal da TVI que me entrou pelos tímpanos – diz que há umas senhoras com poder que usam roupas de marcas baratas. Se bem que baratas seja uma mistificação, mas pronto.
Ocorreu-me que, e afinal o velho militar franquista volta a terreiro, talvez não fosse dispararatado rotular algumas mulheres como mulheres de
bajo costo. Isto nada tendo a ver com prostituição, naturalmente. Mas com o trem de vida a que cada uma é capaz de se adaptar.
por MCV às 21:13 de 03 novembro 2013 