Da gentilezaA gentileza é algo que eu valorizo, determinismo à parte.
É qualquer coisa que me desarma.
Nunca fui um interneteiro.
Vi-me num IRC meia-dúzia de vezes, dez anos atrás.
Troquei umas dezenas de moedas a partir de um forum, na era do Euro.
Recebo uns três a cinco mails por mês. Ou menos. Exceptuando os dos comentários. Sequer sou alvo de spam por aí além. Já aqui o disse.
Não ingressei em nenhuma rede social, apesar do blogue.
Conheci duas pessoas por causa dele.
Não sei quem é Fernando Vilela.
Não sei quando e com que frequência visita este blogue.
Sei apenas que, por várias vezes, teve a gentileza de me enviar fotografias de
placas toponímicas com dias do ano.
Fê-lo sem fazer a menor ideia de quem eu sou, apesar do blogue.
E desta vez, enviou-me esta:

A gentileza é algo que eu valorizo, determinismo à parte.
É qualquer coisa que me desarma.
Bem haja, Fernando Vilela.
por MCV às 22:58 de 10 julho 2010 
A menoridade de sempreÉ pelos vistos, a causa
das coisas.
A ser verdade que se tratava de um atraso para uma cerimónia de tomada de posse.
por MCV às 21:16 de 08 julho 2010 
Acções do Estado (II)Estou aqui a ouvir o Ministro das Comunicações no Telejornal e até agora, para além de não ter dito coisa alguma, pareceu sempre um apresentador de programas de vinhos – disse nada com ênfase e palavras extraordinariamente escolhidas e aparentou estar convencido do que dizia. Efabulando com conceitos absurdos.
Seria de esperar mais?
por MCV às 20:16 
Acções do EstadoEsta gente que nos governa,
estes e outros que os antecederam, ainda não percebeu que quando
se vende uma coisa se perdem os direitos que sobre ela se têm.
E que excepções de soberania são incompatíveis com a integração europeia.
É uma questão de capacidade. Não tem nada a ver com política nem com outra coisa qualquer.
Sabe-se que a política não é linear. Sequer é racional. É uma conjugação de forças, como quase tudo neste mundo. Avaliá-las mal é que é uma incapacidade. Racional ou artística.
por MCV às 18:43 
Tempo
imagem do IMFoi este gráfico que me despertou a curiosidade.
O aumento brutal da temperatura entre as duas e as três da manhã, antecedido de uma outra variação anómala entre a meia-noite e a uma, pôs-me a pulga atrás da orelha.
Vejo agora que se tratou de
algo mais vasto do que um fenómeno na zona de São Teotónio.
Algo que me desperta recordações de uma certa noite do final da década de 80 ou dos primórdios de 90 em que da varanda do monte via o céu vermelho a sul, a trovoada seca e as descargas nuvem-nuvem.
Disseram-me depois que na zona central do Algarve a temperatura havia subido entre a meia-noite e as três da manhã de forma semelhante à de hoje.
Depois choveu forte e secou depressa.
Lá na vila só fez “travoada”.
E eu era muito mais novo.
por MCV às 04:58 
Maura, a mulher-cobra e Paulo, o polvo palpiteiroUma das coisas por que valerá a pena passar os olhos depois do Mundial é o nascimento e a evolução da
fábula do polvo palpiteiro. Propagando-se à ecúmena.
Nada mais do que
uma mulher-cobra dos tempos que correm.
Não me recordo se essa também dava palpites ou era apenas uma atracção de circo.
A nível regional.
por MCV às 01:54 
Noites longasUm alentejano contando mais de meio século tem nas suas memórias incontáveis noites de calor.
No meu caso prazenteiras.
É por isso mesmo que estranho a razão pela qual estas noites quentes me trouxeram à memória não uma das muitas que já tive o prazer de atravessar mas uma cena de um filme – a cena inicial de Body Heat em que Ned Racine (William Hurt) contempla um incêndio longínquo enquanto fuma um cigarro e ignora a mulher que se veste nas suas costas.
Não me recordo de outra cena de filme que tanto me tenha instilado uma sensação de calor.
FADE IN:
EXT. NIGHT SKY
Flames in the night sky. Distant sirens. Pulling back,
we see that the burning building is mostly hidden by dense,
black shapes that define the oceanside skyline of Miranda
Beach, Florida. We're watching from across town. The
sound of a bathroom shower comes to a dripping stop at
about the same time we see the naked back and head of Ned
Racine. We continue to pull back into
RACINE'S APARTMENT - NIGHT
Racine, dressed in undershorts, is standing on the small
porch off his apartment on the upper floor of an old house.
Racine lights a cigarette and continues to stare off at
the fire. We've passed him now, into the bedroom of the
apartment, and the shape of a young woman, Angela, flashes
by, drying her body with a towel.trecho do guião em http://www.imsdb.com/scripts/Body-Heat.html
por MCV às 02:17 de 07 julho 2010 
O PrincípioUm princípio, enquanto não me convencerem do contrário, é uma lei. Segundo a qual. Segundo o qual.
Não
consegui ainda perceber o que é o princípio do utilizador-pagador.
Porque não é um princípio segundo o qual quem utiliza e só quem utiliza seja o que fôr, paga.
É apenas um lugar-comum que fica bem numa argumentação vazia de conteúdo.
Sempre dá um ar...
por MCV às 19:40 de 05 julho 2010 