Golfo do México
As notícias de ontem centravam-se no golfo do México – a tentativa de “matar” o derrame de petróleo, cuja
transmissão em directo me suscitou a estranha sensação de estar a ver uma sequência de imagens aleatoriamente repetida, e
a previsão da NOAA para a próxima estação de furacões.
Recorde-se que, nos últimos anos, de 2005 para cá, e ao contrário do que previam os especialistas do apocalipse, a actividade dos furacões não disparou, antes pelo contrário.
A ver vamos. O que dá um caso e outro. E se ambos concorrem numa catástrofe à medida dos tais especialistas.
Seja como fôr, a BP está debaixo de fogo cerrado. Como alguns já dizem, quando o petróleo se fôr, pode ser que a BP também já tenha ido. Há quem esteja a trabalhar para isso.
Não há nada como ter um bom caldo de cultura.
por MCV às 19:05 de 28 maio 2010 
Num país de doidosQuase todos os dias (eu atrever-me-ia até a dizer que acontece todos os dias) sou confrontado com notícias ou reportagens ou comentários recheados do mais puro nonsense.
Daquele que faria inveja aos MontyPython.
Hoje, e só hoje, prestei atenção aqui em fundo a três coisas que se incluem nessa categoria:
Uma senhora padecendo de Alzheimer estando três dias desaparecida,
foi encontrada após aturadas buscas, que incluíram cães pisteiros, a... 500 m de casa, numa aldeia transmontana.
O presidente
1 da ASAE diz ou cita (a frase ouvi-a fora de contexto)
esta pérola:
Como é que se controla a idade entre os 16 e os 15 anos quando hoje em dia os jovens são quase todos eles parecidos?Para controlar os custos do hospital e consequentemente a despesa do Estado, o hospital de São João
vai enviar a factura dos tratamentos que ali efectuam a pedido de outras unidades hospitalares.
Tudo isto é dito com ar sério.
1 não é presidente, é inspector-geral.
por MCV às 23:33 de 26 maio 2010 
ContasDa plêiade de comentadores desportivos que perco tempo a ouvir, os do ciclismo são os mais irracionais de todos eles.
Dizem uma coisa e o seu contrário na mesma frase, são muitas vezes incapazes de compreender as imagens que estão nos monitores, fazem prognósticos que são desmentidos no passo imediato e repetem esse procedimento uma vez após outra.
Havia a excepção admirável de
David Duffield que se entretinha muitas vezes a dar os pormenores laterais que esses sim, contam para todas as classificações, os petiscos da zona, os restaurantes, os panoramas...
Um dos erros mais frequentes e crassos da sua argumentação é o de considerarem para a contabilização de um atraso e para a explicação da sua variação a posição instantânea dos que vão na frente.
Em suma e exemplificando, consideram frequentemente que o atraso dos perseguidores se reduz quando os que vão na frente começam a subir e consequentemente reduzem a velocidade.
Creio ser uma impossibilidade explicar-lhes a irrelevância da posição dos que vão na frente para a contabilização de um atraso. Excepto quando já cortaram a meta e isso fixa uma baliza.
por MCV às 15:24 