Numa rota de estradas esquecidas - E.N. 218-1, 2005
Ponte internacional sobre o rio Maçãs, talvez desactivada ontem.
por MCV às 17:03 de 18 julho 2009 
O Jardim é de madeira (rija)Simpatiza-se ou antipatiza-se com as pessoas sem saber por quê. Eu não sei nem tenho pretensões a saber.
Considera-se uma pessoa capaz quando ela dá sinais evidentes de o ser, pelo raciocínio, pela acção, pela consideração das coisas. Independentemente de simpatizarmos com ela ou de a sua simples presença no écran ou, mais perto, no passeio do outro lado da rua, nos causar aquela irritação...
Simpatizo com Alberto João sem nunca o ter visto do outro lado da rua.
E digo dele, pela observação que tenho feito, que
é muito melhor do que a caricatura que compôs.
Sobre a questão de hoje, nada a
acrescentar.
por MCV às 18:07 de 16 julho 2009 
∞Se, por via deste blogue, não tivesse obtido mais satisfações – muito mais – do que aborrecimentos – insignificantes, de facto – naturalmente, como a maioria das pessoas, teria fechado a loja assim que a curva de uns ultrapassasse a das outras.
E é por ser de uma curva que se trata – uma curva com a qual foi contemplado por gentileza, mais uma vez, do
João Espinho – que agradeço a distinção com uma curva do caminho (a E.N.2 em noite de
fogo do inferno).
Deste caminho que daqui a um mês leva meia-dúzia de anos sem que eu quase tenha dado por isso.
O infinito sempre me pareceu mais plausível do que o finito.

Talvez que um dia destes me sinta capaz de atribuir a mesma distinção a outrem. Não hoje.
Peço desculpa por isso.
por MCV às 17:12 
Mistérios do Universo
Ele há coisas que nunca ficamos a saber
o que são, o que foram.
Na realidade, dependendo do grau de satisfação com o conhecimento, essas coisas poderão ser todas. Todas as coisas.
Faz hoje trinta anos que qualquer
coisa aconteceu à frente dos meus olhos sem que eu tenha ainda hoje a menor ideia do que foi. Uma das que ficam marcadas. Para sempre.

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por MCV às 02:24 de 15 julho 2009 
pHDiz a sexóloga na TVI 24 que “
o pH do sémen humano é 7,2 – um bocadinho ácido, portanto”.
Digo eu que quem não sabe do que fala, o melhor que tem a fazer é estar calado.
Diz que havia um industrial que fabricava certa mercadoria que era tão boa que nem pH tinha. Não o fazia, porém, na televisão.
por MCV às 02:13 de 13 julho 2009 
A peste
Estamos aqui às voltas com os primeiros passos da epidemia.
Na peste e na guerra, sendo que
peste é aqui mais uma vez uma lata palavra, é que se diferencia em absoluto a conversa para as massas e entre os que as dirigem.
É natural que se digam muitos disparates às massas. Não têm faltado todos os dias.
O que preocupa – e me preocupa sempre – é pensar que muitas das pessoas que se dirigem às massas com argumentação irrazoável estão de facto convencidas do que dizem.
Ouço hoje um responsável dizer que o facto de a taxa de incidência da doença ser em Portugal mais baixa do que em outros países é mérito da acção do governo.
Não sei se ainda hoje há pessoas no aeroporto à espera dos voos de Cancun, convertendo-se elas próprias em veículos de propagação. Não sei se há mas já houve.
Não sei se há alguma noção de como lidar com situações deste tipo que sejam realmente graves e não como esta, que até agora tem correspondido às minhas expectativas de benignidade. Nada nos garante que não piorará e nada me garante que há um mínimo de noção de como atenuar os efeitos de tal. Que impedir uma peste de se propagar todos sabemos que ainda não conseguimos fazer.
Apercebo-me é de que o discurso político parece corresponder aos meus temores – eles estão de facto convencidos do que dizem.
Afinal, talvez seja isso que faz deles políticos.
gráfico feito a partir dos dados da OMS.
por MCV às 23:38 de 12 julho 2009 