Horas mortas
Aeroporto da Portela, 2009
por MCV às 22:52 de 06 abril 2012 
Pitons
imagem daquiNos sonhos jogo quase sempre à defesa.
Depois de duas fífias minhas bem capazes de comprometer o resultado, vi cá de longe um dos meus companheiros marcar um belíssimo golo num remate acrobático, com o corpo paralelo ao chão.
Foi depois de um dos deles ter lançado a bola contra um meu colega da defesa na esperança de obter um canto, que a bola ao sair pela linha final sem tocar no dito, se encontrou nas minhas mãos.
O João e o Carlos diziam-me para ter cuidado com a força com que interpretava o pontapé de baliza na direcção do móvel dos livros.
Eu, que na realidade via um tapete verde de relva artificial e uma marcação a cal desenhando um ângulo recto, lancei a bola com a mão com um spin contrário ao movimento que a fez parar quase de seguida junto ao dito ângulo e calculei a força do pontapé como quem afere o alongamento da mola para o lançamento de uma bola de flippers. Saiu frouxo.
De imediato e em face disso, teve lugar um conciliábulo sobre a impossibilidade de circular num tapete relvado com sapatos de ténis.
Mas é claro – dizia eu – toda a gente sabe que tens que ter uns pitons.
Acrescentava o Carlos muito peremptório – Sim! As botas de futebol, quando sem pitons, também escorregam.
Mas para isso é que os pitons servem – chovia eu no molhado.
A minha Mãe ouvindo a conversa, assentia e ao mesmo tempo avisava: Ai de vocês que venham com pitons aqui para os mosaicos da cozinha!
por MCV às 19:21 de 05 abril 2012 
MalvinasAos 30 anos do começo da última guerra, o ambiente parece bem mais tenso do que
há cinco.
Soa que o poderio naval britânico se esfumou ao fim de uns séculos de hegemonia e de quase um século de secundariedade.
por MCV às 21:51 de 02 abril 2012 
AsnosA quantidade de disparates e asneiras que o programinha Exame Informática na SIC N me trouxe aos ouvidos em escassos dez minutos ou menos do que isso, foi assustadora.
Desde taxarem Júlio Machado Vaz de psicólogo a afirmarem que uma certa impressora pode imprimir conteúdos personalizados, houve de quase tudo.
Raciocínio zero, ignorância sem limites.
por MCV às 22:02 de 01 abril 2012 
Mentiras de 1 de AbrilJá lá vão uns anos (e começo a habituar-me à ideia de que os anos aqui ou agora passam muito depressa) que
persigo uma memória colectiva apagada. Tenho-o feito com
várias. Com
algum sucesso.
Hoje, já não se dá grande importância às patranhas abrileiras. É raro ler-se ou ouvir-se uma que cause impacto. E, no entanto, é hoje tão ou mais fácil propagar um absurdo do que o era há umas décadas.
A de que me recordo que mais impacto terá tido foi a invenção de uma nuvem de pirilampos que faria, salvo o erro, um trajecto nordeste-sudoeste sobre o território continental nessa mesma noite.
Aqui se pode ler um resumo e os nomes dos inventores.
Até ao post aqui indicado não havia na net nada que a referisse.
Ora o que me interessa ainda mais é saber se na preparação do terreno para que tal nova pegasse de estaca (e pegou) esteve ou não o facto real de ter passado meses antes uma praga de gafanhotos pelo sul do território. Pelo menos pelo sul, onde me cruzei com ela.
Um destes dias, se apurar as datas em que tal praga verde voou sobre as culturas algarvias e alentejanas, farei uma breve narração desse cruzamento.
Essa é de facto uma história de que se perdeu a memória.
imagem adaptada a partir de uma encontrada aqui
por MCV às 14:43 