Falta-me a ciência e a paciênciaOuvi o Sr. Ministro Álvaro dizer que vai autorizar o estacionamento de veículos movidos a GPL em parques de estacionamento cobertos e dotar o país de uma rede de combustíveis de baixo custo.
Pareceu que isto era uma espécie de compensação para quem vai pagar portagens onde as não havia. A primeira, a ser uma tal compensação, é de um absurdo simples.
Mesmo que eu esteja enganado neste último parágrafo, pergunto:
Então essa coisa dos carros a GPL não estacionarem em parques cobertos (é claro que os cobertos subentendem enterrados ou em recinto fechado) não era uma medida de segurança?
Provou-se que é absurda? Que não faz sentido? Diz-se que depois de 2001 os equipamentos deixaram de constituir risco nesses locais. Isso é política ou ciência?
Quanto aos combustíveis de baixo custo, cheira-me a uma coisa equivalente aos genéricos.
O caso dos genéricos foi uma tentativa de transferir parte dos lucros das farmacêuticas para o bolso dos doentes. Não sei se as farmacêuticas no cômputo geral permitiram essa transferência. Mas custa-me a crer.
Aqui passar-se-á o mesmo? Ou será o Estado a subsidiar o preço dos combustíveis?
Na primeira hipótese, julgo que é uma questão equivalente à das farmacêuticas. Não acredito em benesses.
Na segunda, é
o costume. É discutir se se paga com cartão de crédito, com letra, com dinheiro vivo ou em géneros.
Estes parece que afinal já perceberam que têm que vender a casa, o carro, a moto de água, os sofás e os talheres de prata desemparelhados. Mas continuam a conversa sobre como vão pagar as férias no Oriente.
Não há paciência nem ciência que os enquadre.
por MCV às 13:29 de 08 outubro 2011 
Alberto JoãoA
minha simpatia pela figura desgasta-se de cada vez que se percebe, das suas próprias palavras, a hipótese da secessão.
Não pertenço ao grupo dos que lhe batem agora depois de lhe haverem
tecido encómios.
Continuo a achar que há a
figura, a pessoa, e a caricatura que ela elaborou para uso populista.
O que vejo é que as duas, criador e criatura, se aproximam vertiginosamente. Como numa personagem de tragédia.
Palpita-me que não perderá a maioria absoluta no parlamento insular.
Mas a vida vai ser muito mais difícil, haja o que houver.
fotografia adaptada a partir desta
por MCV às 18:36 de 07 outubro 2011 
QuebradiçoE nas proximidades da Real Fábrica do Gelo, o dito quebrou-se. No silêncio dos olhos.
por MCV às 21:22 de 06 outubro 2011 
PaciênciaCoisa, de entre muitas, para a qual a velhice me foi tirando a paciência é um diálogo de surdos.
Ou um debate em que as posições são como as de duas rectas não paralelas que não se cruzam no espaço. Uma em nada toca ou condiciona a outra, mas descabeladamente, os seus defensores mesmo assim esperneiam.
Nota: É claro que uma primeira recta dada no espaço condiciona uma segunda que lhe não seja paralela ou concorrente. Mal comparado, portanto.
por MCV às 00:10 de 04 outubro 2011 
ProvasO abismo de que
falei aqui há cerca de um mês, recebeu a certificação
há pouco.
Aquela coisa de
os de letras e os
de ciências. Dizendo que os de ciências, regra geral, são capazes de concluir qualquer curso de letras. Já os de letras, regra geral, são incapazes de concluir qualquer curso de ciências.
E, sim, convém mostrar aos americanos que na Europa estas coisas são mais reversíveis do que por lá.
Ainda que eu não faça a menor ideia se justiça foi ou não feita.
Ainda que eu não faça a menor ideia do que é a justiça, destituída do Direito.
por MCV às 21:47 de 03 outubro 2011 
Motivos para deserdar alguém (mais um da série de)Verificar que sofre de défice de atenção.
por MCV às 22:56 de 02 outubro 2011 