Santa TerrinhaA notícia é que naquela povoação não há nomes para as ruas nem números para as portas.
É uma peça com o carteiro.
Mas as frases que ficam são a de uma habitante e a do homem que é identificado como Presidente da Junta.
Ela gostava que houvessem.
"Quando vamos ao hospital, sentimo-nos inferiorizados. As pessoas não acreditam que não há nem uma coisa nem outra."
Ele acha que não.
"Já viu que com os números, se viesse para aqui um terrorista, a gente não sabia quem ele era? Com o número e com o terrorismo que há agora! A gente gosta de saber quem cá está."
Citei de memória.
Talvez passe hoje no telejornal da RTP. Se não passou já.
por MCV às 17:46 de 15 julho 2006 
Saudades de David DuffieldGosto de
ver ciclismo.
Ao vivo e na televisão.
Mas sem os comentários saborosos de David Duffield, o que fica do que por lá se diz, mete dó.
É de facto, muito mas muito pior do que no futebol a clarividência dos entendidos na matéria.
Inúmeras vezes não percebem o que está a acontecer, depois surpreendem-se de repente, logo dão palpites e a seguir enganam-se nas contas. É extraordinário.
Valem as magníficas imagens, como estas:


imagens do canal Eurosport durante a Volta a Itália deste ano
por MCV às 17:08 
Dias na HistóriaEsta sensação de que o dia 14 de Julho de 2006 é mais um marco.
Com sinais vindos de várias partes do Mundo ao mesmo tempo.
Não começou nada, não acabou nada, mas uma linha qualquer foi ultrapassada algures.
Cá estaremos para ver. Ou não.
A
estrada de Damasco não está para conversões.
por MCV às 18:20 de 14 julho 2006 
CarimbadelaMuito gostava eu de saber o que significa este carimbo:

Será do Totta?
por MCV às 14:39 
A estrada de Damasco
Gen. Moshe Dayan - imagem em http://www.mfa.gov.il/MFAHeb/Mfa/Departments/foreign_ministersNão sei por quê, mas talvez desconfie, esta noite veio-me à ideia uma certa frase deste homem.
Dizia ele que a estrada que trazia de Damasco a Telavive era a mesma que levava de Telavive a Damasco.
por MCV às 09:27 
O Sandokan de quintalVi-me, sem saber ler nem escrever, dentro do clã.
O chefe, meu sogro, era uma figura terrível e temível, cuja autoridade ninguém parecia poder enfrentar.
Era fisicamente semelhante a um Kabir Bedi de Mompracém. Ou talvez mesmo do Cacém, sabe-se lá. E tinha um herdeiro em tudo parecido.
Da remessa de filhos contava-se um quase Pauleta, sempre envergando a camisola da selecção e treinando com outros numa espécie de picadeiro, e uma mocinha loira, muito bonita, que contrastavam com as características dos demais, kabirbedientas.
Da minha consorte, nem um vislumbre. Só a absurda dependência dos desejos e das ordens do chefe.
A coisa começou a azedar quando pai e filho apareceram com braçadeiras com as letras NSDAP em tipo romano. Eu nunca fui com movimentos de massas. E foi a tal ponto que terei mesmo alvejado o putativo herdeiro, meu cunhado à face da Lei.
Não se sabe como escapei com vida nas horas seguintes e ainda tive ensejo para os safar à prisão por um grupo organizado que os combatia.
Do reconhecimento que tiveram por tal gesto, resultou a minha libertação do seu jugo e do meu velho quintal onde quase toda a acção se passara. Entre a casinha e as oliveiras centenárias.
Da roseira às ameixeiras.
E vi-me, quase acto contínuo, em Timor...
Sem saber ler nem escrever, é claro. É com' áqui.
por MCV às 04:23 
O quilómetro falsificadoO mais preocupante foi a sensação estranha que o quilómetro falsificado me suscitou.
Uma mistura de
déjà vu - e claro que eu já tinha visto outros quilómetros de cimento - com a quase certeza de que aquele em particular não podia deixar de ser falso.
Um certo arrepio, pois.
Como se as minhas esquadrinhações da carta militar já o houvessem revelado.

Os marcos miliários são de ordinário em pedra.
Alguém se lembrou entretanto de os fazer em cimento e tijolo. Como se uma falsificação tal passasse facilmente despercebida.
por MCV às 21:18 de 11 julho 2006 
E...Scolari, cidadão italiano, lá viu o seu país ser campeão mundial do
ludopédio
por MCV às 23:40 de 09 julho 2006 
Final do MundialÉ da de 1998 que me lembro melhor. Não devo ter visto mais do que um minuto. Numa televisão do
Aleixo. Aqui:
Santuário da Senhora da Cola - imagem do IPPAR
por MCV às 18:53 
InfelizmenteA ironia do post anterior já deu lugar à tragédia.
foto MOP - imagem de um post de 19 de Dezembro de 2004
por MCV às 18:43 
E prontoPodemos voltar-nos para os incêndios.
E para outros
fait divers mais divertidos:
Na SIC:
imagem:
o autocarro da selecção na E.N. 6-3 - que é o ramal que liga a E.N. 6 (Estrada Marginal) à A5, à CREL e a Queijas - ali entre a antiga bomba da Galp e o portão de acesso à tribuna do Estádio Nacional
comentário:
[...] o autocarro já está na zona de Miraflores... aliás, de Algés.
Na RTP:
notícia:
os mísseis da Coreia do Norte
leitura:
[...] Kim Yong Dois
por MCV às 17:54 