Exmº Senhor
José António de Azevedo Pereira:
Talvez um destes dias desça ao nível da comunicação que me enviou e lhe responda, linha a linha.
Serei portanto sucinto.
Calculo que o senhor não tenha grande responsabilidade na escolha do caminho que nos trouxe ao abismo. É um funcionário.
Porém, um pouco mais de pudor seria bom quando se dirige aos que contribuem, a incentivá-los, segundo o senhor diz.
Não recebo incentivos de ninguém. Muito menos de quem, na qualidade de funcionário, representa um Estado desgovernado e sem princípios.
por MCV às 16:51 de 09 novembro 2012 
Argamassando
Argamassando a cópia de disparates que a CNN emite quer como facto quer como opinião, pode legitimamente concluir-se que a eleição de Obama se ficou a dever às
alterações climáticas.
por MCV às 18:16 de 08 novembro 2012 
Resultados
1 – O rústico receio do desconhecido que evitou que ganhasse 20% de juros no
overnight permanece. Decerto impossibilitará apostas futuras em que o caso se afigure dinheiro em caixa.
2 – O erro gralhento, de desatenção, escreveu 268 em vez de 272 nos votos que atribuía a Obama e escreveu 90 em vez de 86 nos votos a decidir. Os estados a azul no mapa totalizavam 272 votos, a mancha estava certa, a legenda não.
3 – Falhar os resultados em dois estados quando não se palpita sobre nove não é grande espingarda.
Sucede que dos nove sobre os quais não palpitei apenas dois constavam das variadas listas que consultei sobre
swing states.
E, palpitando sobre onze dos que surgiram nessas listas, falhei os tais dois.
por MCV às 20:22 de 07 novembro 2012 
Favas contáveis II
A minha aposta tem, para lá da fé, uma base pseudo-verificável. A qual é esta distribuição de mandatos no colégio eleitoral.
Nos casos em que o vencedor não leva todos os votos (Maine e Nebraska), assumi a totalidade dos grandes eleitores de acordo com o vencedor, por simplificação.
por MCV às 20:21 de 06 novembro 2012 
Favas contáveis
A Paddy Power aceitava
parece que ainda hoje
apostas de 1/4 em Obama.
O estado actual é, porém, outro – 1/6 alinhado com muitas outras.
Nesta altura, as coisas estão, segundo o
Oddschecker neste pé. O melhor que se consegue é 1/5. Estou quase capaz de apostar dinheiro no homem. O quase que falta é superar aquele rústico receio do desconhecido. Não a fé no resultado.
quadro da Oddschecker cerca das 14:30
por MCV às 15:01 
Demagogia demográfica
Que o mundo não pode manter por muito mais tempo taxas de crescimento populacional da ordem das que actualmente tem, sem que ocorra uma catástrofe que faça cair a população num intervalo mais ou menos curto parece coisa pacífica.
Significa isto que para evitar a catástrofe é preciso reduzir essas taxas. Talvez até para números negativos.
Em Portugal, os censos dizem que há uma estabilização da população à volta dos 10,5 milhões nos últimos dez anos.
Estamos portanto a fazer um trabalho meritório para impedir a sobrepopulação.
Ouvir gente a apelar ao aumento da taxa de natalidade é para mim um absurdo.
Apelam a tal em nome da subsistência do sistema de pensões e do combate ao envelhecimento da população.
Tomam a árvore e esquecem a floresta.
Esquecem que a população envelhecida é apenas um episódio na vida do país. Passará com o tempo.
por MCV às 20:37 de 05 novembro 2012 