Sobre as olímpiadas, já falei aqui e ali atrás. A minha aposta mal informada e mal formada para estes jogos era, como já disse, na Naide Gomes e na Vanessa Fernandes. Fico satisfeito com a vitória de Nélson Évora, chegando assim ao ouro olímpico. Quanto ao que penso da forma como os povos são representados, se é disso que ainda se trata, já o deixei dito lá atrás. Acho que qualquer dos três atletas citados representa um Portugal que existiu. Portugal continua muito acima da China em mérito olímpico (medalhas por habitante) nestes jogos. Um pouco abaixo de meio da tabela dos que já conseguiram medalhas. por MCV às 20:31 de 21 agosto 2008
Memória
Dos tempos do domínio francês, sabe-se que houve muito colaboracionista. Uns mais notáveis do que outros. E sabe-se que houve muito mercenário a combater ao lado das tropas portuguesas da resistência. Sabem-se umas coisas, outras julga-se saber, que isto da História é terreno minado. No entanto, parece não haver dúvidas de que um punhado de portugueses e uma mão-cheia de ingleses pôs os franceses com fogo no rabo. Uma das vezes em que o fizeram foi no Vimeiro. Faz hoje 200 anos e eu presto aqui homenagem a esses que resistiram. Que os meus são sempre os melhores. por MCV às 20:07
Comparações
Que as massas acríticas se comovam e fiquem em choque e com medo de voar, percebe-se e aceita-se. É assim o mundo, é assim a vida. Que os governantes reajam quase da mesma forma percebe-se e aceita-se mal. É que não fogem à mediocridade. por MCV às 18:29
As primeiras notícias sobre o acidente de hoje em Madrid – pouco depois das duas da tarde - levavam a acreditar que se tratava de um acidente de menos gravidade, havendo apenas um número reduzido de feridos. Um alvitre algures de que haveria mortos acabou por ser desmentido também algures, retirando gravidade ao sucedido. Tudo isto a crer nos jornalistas que assim o noticiaram. Há um quadro habitual – que suponho seja uma espécie de cartilha que se ensina às criaturas – em que se confunde normalmente a ideia da gravidade de uma catástrofe, por via da não distinção entre o número de mortos oficial ou oficiosamente confirmado e o número de mortos esperado, face aos dados disponíveis. Daí, que o número de mortos vá sendo adicionado à medida que o tempo passa, numa macabra contabilidade, em tudo aparentemente destinada a fixar o espectador e que se assemelha a um jogo em que o resultado se vai avolumando. Isto é uma pecha de toda a imprensa imediatista que conheço. Nacional e estrangeira. Por vezes, dão uma ideia muito errada das coisas. Hoje foi uma dessas vezes. A mais significativa, porém, foi no dia do maremoto no sueste asiático. A forma ligeira como se anunciaram meia-dúzia de mortos em pontos tão distantes da Terra associados ao mesmo fenómeno fazia naturalmente suspeitar o pior. De imediato. Mas nenhum dos que então ouvi se apercebeu da anunciada dimensão da coisa, até muito mais tarde... por MCV às 22:20 de 20 agosto 2008
A imbecilidade ignorante (episódio Θ+3)
imagem da RTP N
Uma maldade que não se pode fazer é perguntar em que ponto do rio Douro está implantada esta ponte. Esta ponte situa-se na E.N. 222, ao km 25,... e é sobre o rio Inha, afluente da margem esquerda do rio Douro, como se pode ver aqui, na usurpada ferramenta do SCRIF, ampliando, ou acolá, na Carta Militar à escala 1:25000, depois de confirmar que a imagem da televisão corresponde à fotografia do Google. por MCV às 20:09
A imbecilidade ignorante (episódio Θ+2)
E então a jormalista diz, referindo-se ao avião acidentado em Barajas, que este possuía à retaguarda um estabilizador vertical e um horizontal, formando assim a cauda em T. Aposto eu que tinha também duas asas e uma cabina.
Claro que há caudas diversas nos aviões ao longo da história da aviação. Qual será a percentagem de aviões comerciais actuais que têm uma cauda semelhante? Vá lá que ela não se referiu, individualizando, a seres humanos como tendo dois braços e duas pernas. por MCV às 19:30
Fui surpreendido com a gentileza de um leitor que me enviou umas carteiras de cromos para a colecção. Fiquei igualmente surpreendido por ter constatado que não estou só nesta minha afeição aos marcos miliários. Desconfiava que deveria haver mais quem se interessasse por tal. No entanto, o ar de estranheza que a maioria dos interlocutores faz quando menciono este meu passatempo levava-me a esmorecer nessa “(des)confiança”. Pois bem. Aqui neste blogue, começado recentemente, há imagens de marcos quilométricos. E há histórias a eles ligadas. E eu agradeço ao seu autor, DuVale, a atenção que teve para comigo. E a sua contribuição para a weberneta. por MCV às 22:26 de 19 agosto 2008
As meninas de oiro (II)
Lá perdia eu o meu dinheirinho com a Naide. por MCV às 03:57
Call center
Diz a notícia que a PT vai criar um call center em Santo Tirso e com isso criar mil e tal postos de trabalho. Diz o PM – e isso ouvi eu – que é emprego qualificado. Alguém se equivocou algures ou a ideia de qualificação do PM é a de operador de call center. Não sabendo a resposta, parece-me que é. por MCV às 15:39 de 18 agosto 2008
As meninas de oiro
Apesar da minha distância a estas coisas olímpicas, ainda me chega para ter alguns palpites. Antes que chegue a hora da verdade em que palpites tais acertam ou saem furados, devo dizer que o meu dinheiro iria sempre para a Vanessa Fernandes e para a Naide Gomes. Palpita-me que ambas carregarão no regresso uma medalha. Dourada ou não. por MCV às 23:42 de 17 agosto 2008
A imbecilidade ignorante (episódio Θ+1)
O medronho e mel é, de facto e para certas cabeças, uma novidade. Atente-se nas palavras do produtor que diz – segundo a notícia - existirem “poucas bebidas deste género”, afirmação que retiraria naturalmente o carácter de novidade à coisa, dando-lhe quando muito o epíteto de raridade. Que nem é. É que nunca se viu tal na serra algarvia. É que nunca ninguém bebeu tal aguardente. A estupidez não será hoje maior do que antes. O que ela está é muito mais visível, gozando do crédito de veículos de propaganda de uma forma inédita. Vai esta novidade para o lado da bicicleta desdobrável, do carro anfíbio e da máquina de amassar pão, tudo coisas descobertas pela classe jornalistíca nos anos mais recentes. esta não-notícia passou hoje no Jornal da Noite, da TVI. por MCV às 21:27
Entrementes na primitiva Ibéria... (IV)
Palavras duras
As palavras de Washington têm sido duras. Particularmente as de Miss Rice. A forma como enfatizou potencial em potencial parceiro mundial foi interessante. Todavia, em matéria de quem manda mais, ninguém bate a sabedoria da velha mulher da serra. por MCV às 20:31
Memória
Estas coisas dos feitos, dos heróis, da História, é coisa de pouca ou nenhuma aceitação universal. Se a memória é tão curta... A base 10, inquestionada, dá-nos hoje um número notável de anos sobre a Batalha da Roliça. Esta coisa de agruparmos as coisas a 10, seus múltiplos e submúltiplos, é uma espécie de religião: 20 x 10 = 200 por MCV às 15:53
Aluado
Olhei ontem à noite para a Lua e achei que não era possível aquela iluminação, a menos que se tratasse de um eclipse. Como o discernimento não se foi de todo mas o resto já pouco funciona, acto contínuo esqueci-me de tal. Ao ouvir agora pela primeira vez do eclipse, a coisa veio-me à memória. Deve ser grave, isto da cabeça. por MCV às 05:17