Notícias do manicómio
O infantilismo e a irracionalidade chegam a um ápice quando se entrevêem cursos patrocinados pelo
Estado que pretendem ensinar as pessoas a não acreditar em boatos, desinformação, propaganda. Hoje fazem disso um bolo com a importada designação de “fake news”, papagueado pelos habituais:
por MCV às 18:34 de 18 março 2022 
O rali
Parecia-me estranho que quisessem abalar para o rali sem terem nem horários de comboios nem mapa dos troços nem horários de passagem nem nada. Iam apenas. Talvez convencidos que juntando-se a outros – Maria vai com as outras – chegavam lá. Isto era tarde e provavelmente já nem sequer haveria comboio para aquela zona de Arganil.
Eu sei que fomos andando a pé e que provavelmente apanhámos um comboio para a Cruz da Pedra ou coisa que o valha. Ou então antes disso fomos para uma espécie de Las Vegas onde os prostíbulos competiam uns com os outros e com as casas de jogo.
Eu desencontrei-me deles ou perdi-me deles e, num dos sítios, uma menina deu-me um cartão que dava direito a uma bebida. Pois foi com esse que entrei, desci umas escadas profundas, e lá no fundo estavam eles, no fundo da sala. Em duas mesas, a discutir e a comer. E a beber.
Eu só quis uma tosta. Não quis bebida, só quis uma tosta. Pois ficámos na conversa. Eu depois achei que era tarde, que já não iam a lado nenhum e que o melhor era ir-me embora.
E eles foram.
Parece que uns já tinham ido e que outros deixaram passar o horário do comboio e foram no outro dia. Eu sei que o meu irmão quando regressou disse que sim, que tinha ido ver o rali, que sim, que tinha tido sorte que o troço passava mesmo junto à estação, o que eu sabia, que tinha visto no mapa, e que depois tinham andado pelo menos seis quilómetros – eu parecia-me que era menos no mapa – para noroeste e depois eu disse: então depois vieram... voltaram para trás e vieram sair aqui...
Ele disse não, depois fomos... andámos para oeste, fomos sair a Coimbra, fomos sair aqui – dizia-me ele e era a Coimbra. E depois? Ah, depois fiquei lá no outro dia o dia inteiro a dormir, nem voltei para casa. Quando eles chegaram, esse dia passei lá. E foi mais ao menos isto. É uma história um bocado estranha.
por MCV às 18:39 de 17 março 2022 
Noção do tempo
Uma ocorrência que se repete é a do anúncio tardio de um tsunami pelas caras falantes dos canais de televisão.
Um sismo ocorreu há horas junto de uma qualquer costa e ainda repetem que há alerta de tal.
A noção do tempo decorrido não existe para esta gente.
por MCV às 16:05 de 16 março 2022 
Penas
A ser verdade que há gente a furtar contadores de gás (!), torna-se imperativo agravar as penas por tais furtos, pela gravidade das consequências, tal como em tempos
aqui referi que furtar uma ambulância deve ter uma pena muito mais grave do que furtar um outro veículo.
É mero bom senso.
por MCV às 15:45 
VUCIF
As televisões dispõem de um plantel de miúdos naturalmente sem experiência de vida e também sem capacidade de raciocínio, que mandam para a linha da frente no intuito de não se calarem durante largos intervalos de tempo, tempo esse em que têm oportunidade de produzir os mais sinceros dislates como o que ouvi há pouco –
veículo urbano de combate a incêndios florestais.
por MCV às 15:09 
Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca
Já lá vai o tempo em que tive alguma razão de queixa do que por lá se passou.
Por ora, só tenho elogios a toda a gente com quem por lá tratei – grandes profissionais.
Relembrando a valsa que uma familiar minha volteou com o patrono do dito, no seu consultório, vidas atrás.
por MCV às 23:16 de 14 março 2022 