Restos de colecção (76)

158 anos depois da Batalha de Cacilhas, saindo de Garvão no mesmo 16 de Julho que Terceira.
por MCV às 19:43 de 16 junho 2012 
Caiu-lhe a moeda
Diálogo improvável que Hipnos pôs na minha cabeça:
Zé, lembras-te de ouvir falar naquele escritor que esteve uns tempos naquele monte que é hoje da tua tia e que escreveu uma peça inspirado no nosso tio L.?
Então não havia de me lembrar? Foi o que lhe caiu o dedo e só deu por isso quando ouviu a moeda cair no chão.
por MCV às 18:03 de 15 junho 2012 
Os emocionistas
Os emocionistas não reflectem, não usam a cabeça e falham na parte racional das coisas.
É possível que beneficiem de melhores resultados na parte emocional das coisas. Não o sabemos.
Não o sabemos como não sabemos identificar uma e outra na mente. Embora saibamos que há coisas que a razão nos ajuda a resolver, criar e operar uma máquina simples como exemplo básico.
Os emocionistas fazem cálculos com base no que lhes parece, no que sentem, não com um lápis e um papel. É como se pedíssemos a conta ao Manel do café e ele dissesse, mirando a quantidade de minis, de alcagoitas e de pratos de caracóis, que são cento e vinte mirréis.
É nessa base que alguns deles preferem a vitória da Alemanha no jogo que ora decorre.
Não fizeram as contas.
por MCV às 20:07 de 13 junho 2012 
Contas
Temos assim que no grupo A, quem ganhar o último jogo passa.
Cada qual depende de si próprio.
por MCV às 15:22 
Lotaria
Os números. Normalmente são aqueles que com eles, os números, menos convivência tiveram que mais com eles enchem a boca.
É o que acontece com os humanos, regra geral, diz o ditado. Nada pois a assinalar.
Os números, vistos como um palácio, dão origem a esta coisa singela que é a estação dos correios travestir-se de loja dos trezentos.
Os números terão dito que ene lojas em pê lugares, constituiriam uma rede que se não poderia desaproveitar para fazer outros negócios. Ideia peregrina que a nenhum sapateiro tinha ocorrido, pois se assim fosse haveriam de vender rabecões. Tal como os padeiros venderiam castanholas e nas farmácias se poderiam encontrar os últimos cd de música pimba.
Foi portanto uma ideia genial e sem rival nos outros ramos de negócio, apesar de tabacos, jornais e revistas terem durante muitos anos convivido com cafés, bombas de gasolina, estações de comboio, portos e aeroportos.
Esta ideia genial das duas, uma: ou é irrelevante como negócio e põe à prova a capacidade de lidar com números de quem teve tal ideia ou é um sucesso e faz com que quem tem qualquer assunto a tratar nos correios tenha que esperar na fila por quem vai comprar o cachecol da selecção, o último êxito dos prosadores lusos ou uma linda recordação para oferecer à Mimi.
Não se sabendo qual dos casos é, a empresa que fornece as senhas de espera, em vez da hora prevista de atendimento ou do tempo de espera mais provável, coloca a seguinte palavra: LOTARIA.
Aqui também das duas uma, ou é um desabafo do programador que, inadvertidamente, se vê impresso nas senhas, dando a ideia de que calcular o tempo de espera é o mesmo que acertar na lotaria ou se trata de uma forma subliminar de levar o freguês a jogar num dos jogos da Santa Casa, o que decerto em breve se poderá fazer ao balcão, se é que já não se faz.
São os números. Da lotaria.
por MCV às 01:49 de 12 junho 2012 
Mais bola
A
tal folha de excel diz que a Croácia e a Espanha estão em vantagem sobre a Itália no grupo C para o apuramento para a fase seguinte. A Irlanda está com 1:6 e fora.
No grupo D, Ucrânia, Inglaterra e França estão a competir pelo lugar. Com a Inglaterra em ligeira vantagem sobre a França e a Ucrânia em ligeira vantagem sobre a Inglaterra. A Suécia está, tal como a Irlanda, com 1:6 e fora.
Ora é preciso ser pago principescamente para mandar chutos para o ar como estes?
por MCV às 23:18 de 11 junho 2012 
A imbecilidade ignorante (episódio Θ+5)
O locutor da bola na SIC diz primeiro que o hino espanhol evoca na sua letra o passado colonial e a hispanidade.
Depois, ao não ouvir (ver - os jogadores) ninguém cantar (à excepção do
la la la nas bancadas) observa que o hino não foi cantado. Talvez devido à situação que a Espanha atravessa.
Decerto avisado ao ouvido para não dizer enormidades sobre assuntos que desconhece, emendou pior do que sonetou – que o hino espanhol não tendo letra fora
cantado em silêncio(!). E que esse silêncio não significaria de facto uma greve sonora ao que se passa no país.
Cito de memória e sem a preocupação de o fazer literalmente.
O que conta é o espírito da asneira.
Talvez ele também desconheça que as tentativas de dotar o hino espanhol de uma letra foram sempre goradas. Ainda há poucos anos atrás voltaram a falar do assunto.
por MCV às 17:55 de 10 junho 2012 
Actualidades
Revendo
um post de há quatro anos.
Qualquer um que tenha uma folha de excel ao dispôr pode calcular o futuro. É o que fazem uns quantos, com o olhómetro grosseiro dito fino e de alto coturno. E fazendo-se pagar bizantinamente por tal.
Pois por mim, dou já apuradas para os quartos de final a Alemanha, a Dinamarca, a Rússia e a Polónia. A minha aposta já está prejudicada.
Tudo isto com contas de um olhómetro a toda a prova, feitas numa folha de excel.
A propósito da data – a escolha dos feriados abolidos ou suspensos no ar (é melhor não dizerem suspensos que tal faz lembrar pontes) não foi justificada numa certa alteração ao Código de Trabalho (ponto 1 do artº 234º) que de uma forma indigna elimina de facto os feriados de 1 de Dezembro e de 5 de Outubro.
Não me pronunciando sobre os feriados religiosos, verifico que
a escolha é acentuadamente populista, demagógica.
E é talvez por ser envergonhada ou muito pouco ilustrada a dita escolha que é de forma indigna e tenebrosa que se faz publicar tal decisão. Numa alteraçãozinha a um artigo do Código de Trabalho.
Não me dei ao trabalho de ler o rol de condecorados.
Calculo que, uma vez mais, os de pouca fama e muito proveito para a Pátria não tenham incorporado tal rol. E temo que não tenha sido por recusa pessoal mas por foco na fama de quem alinha estes nomes.
Muita parra e pouca uva é o sumo dos três pontos.
por MCV às 16:41 