Noticias que toda a gente saberá dentro em poucoAinda que a diferenciação dos últimos graus desta escala façam pouco sentido, como já
aqui o disse.
por MCV às 17:00 de 11 junho 2009
Realismo júnicoPertenço àquele grupo de indígenas que ainda se pode
dar ao luxo de olhar o quotidiano com alguma sobranceria.
Por isso, espanto-me comigo próprio quando começo a dar demasiada atenção ao comezinho.
E estes dias passados têm-me, por alguma obscura razão pois não são mais especiais do que os que os antecederam, suscitado erupções que não são nada comuns.
Vejo o alarido à volta do BPP e ouço os apodos com que os clientes mimoseiam os antigos dirigentes.
Sobre isso já disse
o que disse, mas cabe ainda acrescentar que, sendo leitor do Expresso desde 1973, apreciei devidamente a arrogância publicitária do BPP na Revista do dito ao longo dos anos (alguém já terá enumerado os colaboradores voluntários de tal publicidade?).
Fiquei, talvez por não ser parte do público-alvo da coisa, quase desde o primeiro momento, com a devida erisipela ao ler as notas à margem dos textos dos convidados.
Isso bastou-me. Não para suspeitar que o negócio era o que os clientes dizem agora ter sido mas para me manter a milhas – náuticas, vá – das agências do supracitado.
Não li, não ouvi o que as sondagens diziam sobre as eleições de domingo passado aqui em Portugal.
Ouço hoje, e para já dou o devido desconto a tais notícias (estranho-me até de estar a comentar com base no que os outros dizem – isso também é ou deve ser dos dias que correm), que se espalharam ao comprido. Não é nada que me surpreenda, mas vou ver o que se publicou.
Qual será o valor do coeficiente de preconceito que é introduzido no cálculo final?
Ainda não me informei devidamente – mais uma vez o falar de cor – se sim ou não os resultados destas eleições europeias foram revolucionários no cômputo geral.
Ouço dizer que sim.
É este um assunto que merece toda a atenção.
Há ainda um telefonema de Viena de Áustria. O pessoal a comer, por lá, sardinhas na rua.
E é este um assunto que me intriga. Que se vá a Viena para comer sardinhas!
por MCV às 23:08 de 09 junho 2009
Dia sem reflexãoNão consegui mais todo o santo dia do que:
Constatar que “a cunhada do meu irmão” é “a irmã da minha cunhada” e que não consegui identificar outros laços de parentesco em que o
salto de cavalo seja válido.
Constatar que a câmara que filmava o deputado Honório Novo na
Comissão de Inquérito sobre a situação que levou à nacionalização do BPN e sobre a supervisão bancária inerente mostrava uma senhora muito interessante à retaguarda daquele.
Constatar que a eurodeputada que mandei para Estrasburgo e Bruxelas é igualmente muito agradável à vista.
por MCV às 23:59 de 08 junho 2009
Amanhãs que cantam
Acabei de ouvir Gordon Brown dizer que é possível construir, nesta geração, um mundo melhor e erradicar a fome. Pode não ser à letra, mas foi o sentido do final do seu discurso.
Independentemente da barafunda em que estáo metidos os Comuns e do descrédito que assola a classe política britânica, cujos sinais são exactamente no sentido contrário, independentemente disso, levanta-se-me sempre a questão dialéctica e trivial do realismo q.b. oposto ao idealismo que, por vezes, tem agitado e revolucionado o mundo. Quase sempre de forma violenta.
Às vezes lembro-me das vontades aprisionadas por Blimunda. Ainda que não acredite em tal.
por MCV às 16:16