Será que a população urbana está mais distante do instinto animal de sobrevivência do que a rústica?
Será que a Natureza "ao dar-se conta" do fardo humano, lhe retira esse mesmo instinto, em ordem a alijar o fardo?
A cada dia que passa vejo mais gente a pôr desnecessariamente em risco a vida sem aparentemente se dar conta.
Será que estes carros não estavam a circular? por MCV às 11:19 de 13 novembro 2025
Atraso
Estou a chegar atrasado ao pelotão dos que já desligaram a televisão, ignoraram os jornais e se mantiveram longe de arautos.
Mas estou a chegar. Qualquer papagaio a insistir na asneira politicamente correcta, qualquer pobrezinho a usar estrangeirismos escusadíssimos, qualquer comentador a dar mostras de que não usa o cérebro me fazem por ora mudar de canal. Depois de duas ou três tentativas de escutar o que dizem, com o mesmo desfecho, socorro-me dos canais que só emitem música.
Vou a caminho. por MCV às 17:19 de 11 novembro 2025
Investigação
Os jornalistas, classe quase anedótica na generalidade, ignoram amiúde o bom senso e a noção das proporções.
Pode até ser que se chame “investigação” nos meios judiciais a uma coisa em que nada haja a investigar. Pode. Mal, mas pode. O que não deve é o jornalismo usar essa designação num absurdo como este. Afinal, vão investigar exactamente o quê: Qual foi a tipografia que os fabricou? Quem deu a ordem para o fazer?
É o tal manicómio que nos rodeia. por MCV às 14:51
Exponencial
E.N. 18, 2005 por MCV às 11:42 de 08 novembro 2025
Não sabendo eu se existe uma base de dados consistente sobre descargas eléctricas atmosféricas e desde quando, só me ocorre dizer que tenho a impressão que a trovoada é um fenómeno que se tornou mais raro com o tempo.
O que se tornou por outro lado menos raro é a má aplicação dos termos relâmpago, raio e trovão que embora se refiram ao mesmo fenómeno têm significados diferentes.
Se ninguém diz “relâmpagos o partam!” não faltam os que distorcem os significados que as diferentes velocidades de propagação conferem a termos como relâmpago e trovão.
imagem do IPMA por MCV às 23:06 de 05 novembro 2025
Ainda a memória
Há exactos 54 anos, contados portanto dia por dia, escrevi na minha memória um pequeno texto que só reduzi a escrito muitos e muitos anos depois.
Algures estará guardado. Talvez até gravado em disco duro que a imperícia me impede de encontrar.
Contudo, revejo calmamente as luzes azuis. por MCV às 22:50 de 04 novembro 2025
Há um dia em que nos damos conta de que todos aqueles a quem recorríamos para auxílio de memória, para ajudar a desenterrar factos e pessoas, já cá não estão.
Sobram apenas os desmemoriados ou os pouco velhos. por MCV às 14:48 de 02 novembro 2025
Um comentador militar encartado disse na televisão que "tudo o que havia para evoluir em termos de explosivos, já está".
A primeira vez que me lembro de ter ouvido tal disparate foi nos tempos do liceu, dito por um colega "iluminado" não propriamente a propósito de explosivos. Era mais generalista. por MCV às 19:09 de 31 outubro 2025
Ministra da Saúde
Para salvaguarda, como agora é moda iniciar qualquer peroração, devo dizer que me prende à senhora ministra um quê de simpatia por simpatia. Explicando: não excluo a hipótese de a senhora ministra ter sido integrante de um grupo de estudantes de Farmácia que em tempos alegrou os meus dias e os dos meus amigos.
A memória desses tempos, grata, é também confusa. Pode ter sido ou não, mas por simpatia, simpática assim se me tornou.
Depois deste nariz de cera, noto que a senhora ministra, sobre cujo desempenho não expresso aqui apreciação, é apontada como culpada de alguém ter chegado já sem sinais de vida (segundo a informação corrente) a uma urgência hospitalar.
É deste tipo de situações e do seu arremesso político por gente mentecapta que se faz a política destinada a agradar aos ígnaros.
Vamos no bom caminho! E segue! - como no lema do Grandella. por MCV às 19:00